Governo autoriza concessão de quatro novos terminais portuários

A Secretaria de Portos permitirá privatização de terminais em Niterói (RJ), Porto Belo (SC), Guarujá (SP) e São João da Barra (RJ), além de ampliação de terminal já existente em Santos (SP)

Navios aguardam carregamento de soja no porto de SantosNavios aguardam carregamento de soja no porto de Santos (Manoel Marques)

A Secretaria de Portos (SEP) autorizou nesta segunda-feira a concessão de cinco novos terminais para o setor privado nas cidades de Niterói (RJ), Porto Belo (SC), Guarujá (SP), São João da Barra (RJ), além da ampliação de um terminal já existente em Santos (SP). Trata-se dos primeiros terminais concedidos após a entrada em vigor do novo marco regulatório do setor portuário, sancionado em junho deste ano.

Ainda segundo a Secretaria, estão em análise na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) autorizações para terminais privados no Espírito Santo (Aracruz), Pará (Barbacena, Itaituba e Juriti), Amazonas (três terminais em Manaus), Bahia (dois em Ilhéus) e Rondônia (Porto Velho).

Todos os terminais serão de uso privado (TUP) e poderão movimentar carga geral, passageiros, graneis sólidos, granéis líquidos e carga geral conteineirizada. O governo estima que as obras atraiam investimentos de 6,4 bilhões de reais.

A SEP afirmou ainda que a atual concessão servirá como termômetro para avaliar o interesse do setor privado nos empreendimentos. E que, conforme investidores se manifestem de forma favorável às concessões, o fluxo de licitação será contínuo.

A nova legislação permite que os interessados em obter a autorização para instalação portuária fora da área do porto organizado (que é estatal) possam apresentar requerimento à Antaq a qualquer momento.

A estimativa do governo federal, considerando os atuais 59 empreendimentos em processo de autorização, é que exista um potencial de investimento do setor privado da ordem de 11,4 bilhões de reais. A SEP informou que 77 processos de autorização foram, inicialmente, anunciados. Contudo, 18 tiverem de ser cancelados por não haver condições de desenvolvimento dos projetos e adequação das empresas aos requisitos do governo.

Setor do plástico amplia vendas, mas margem de lucro é reduzida

Diário do Grande ABC

As vendas vão crescer, em média, 8% em 2013, mas as margens de lucro seguem apertadas, o que dificulta investimentos nas fábricas. Esse, de forma geral, é o panorama de pequenas indústrias de peças plásticas e embalagens feitas com esse material no Grande ABC neste ano.

Isso ocorre, de acordo com empresários do ramo, porque, apesar de diversos segmentos atendidos terem ampliado as encomendas – como a indústria automotiva, que no ano até novembro registrava incremento de 12% na fabricação de veículos em relação ao mesmo período de 2012 –, a concorrência dos produtos importados e os custos elevados no País têm dificultado os negócios na área.

Estudo da Abiplast (Associação Brasileira da Indústria do Plástico) mostra que o setor, em média, ampliou em 8% tanto a produção quanto o faturamento em 2013. Porém, ao mesmo tempo, a importação segue com volume expressivo, US$ 3,8 bilhões, em compras de itens do Exterior. A balança comercial do segmento deverá fechar 2013 com deficit de US$ 2,36 bilhões.

Klaus Dieter Schnur, diretor comercial da Blitz, fabricante de autopeças em plástico instalada em Ribeirão Pires, cita que a valorização do dólar, neste ano, ajudou a inibir, em parte, a entrada de produtos de outros países. “Mas a matéria-prima (<CF51>que é cotada em dólar, mesmo a fabricada no Brasil</CF>) também aumenta”, ressalta.

“Em termos de compras de insumos, foi um dos piores anos, com sucessivas altas da matéria-prima”, assinala o diretor da Poliembalagens, Alessandro Guardalben. Ainda segundo dados da Abiplast, a resina termoplástica (principal insumo do setor) teve reajuste médio de 18% ao longo de 2013. E, para piorar, no fim de 2012, o governo elevou o Imposto de Importação da resina, de 14% para 20% – medida que no segundo semestre deste ano foi retirada – , o que atrapalhou a busca de alternativa de compras de insumos para os fabricantes não dependerem apenas da Braskem, que detém quase toda a produção nacional de resinas como o polietieno (usado para a fabricação de sacos plásticos) no País.

Guardalben cita ainda que sua empresa contratou uma consultoria que orientou a fixar metas de redução de custos e de aumento de produtividade, que ajudou a equilibrar os resultados. Essa fabricante, que tem quadro de 78 funcionários, produz embalagens para os mercados da construção civil, autopeças, aeronáutica, química e outras.

PERSPECTIVA – Para Schnur, 2014 traz perspectivas de melhora nos resultados, por causa, entre outros fatores, do Inovar-Auto, programa do governo federal que deu incentivo tributário às montadoras que utilizarem peças nacionais (e do Mercosul) na fabricação dos veículos. “Estamos fabricando ferramentais (moldes) para novos projetos de peças. Demora de 90 a 120 dias para ficar prontos e depois, há a fase de homologação”, afirma. A Blitz faz itens de acabamento interno de automóveis e externos de veículos pesados.

O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Luiz Moan, assinala que o período de adequação dos pequenos fabricantes, que passam a fazer no País peças que antes eram importadas, leva até oito meses, e com isso, é natural que os reflexos sejam mais sentidos no ano que vem.

Moan destaca ainda que outro programa do governo, o Inovar-Peças, que deve ser lançado em janeiro, trará estímulos para os fornecedores investirem em seus processos fabris.

Ramo químico também tem desafios

Assim como o setor do plastico, a indústria química brasileira vai fechar o ano com crescimento no faturamento, neste caso da ordem de 10,7% em relação a 2012, e também enfrenta deficit comercial crescente. As importações devem superar as exportações em US$ 32 bilhões em 2013, pior marca de sua história, estima a Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).

O segmento nacional, que é o sexto maior do mundo e que corresponde a 10% do PIB industrial brasileira, tem perdido competitividade, assinala o vice-presidente do conselho de administração da associação, Carlos Fadigas, que é presidente da Braskem. Segundo ele, encontrar soluções para concorrer com a matéria-prima petroquímica dos Estados Unidos é um dos desafios que o Brasil precisa enfrentar para se tornar competitivo nessa área. Esse país optou por produzir resina termoplástica (matéria-prima para a fabricação de peças e embalagens plásticas) a partir da extração de gás de xisto (o insumo resultante é cerca de 70% mais barato do que a nafta, derivada de petróleo). Só em novembro, o governo brasileiro iniciou licitação para a exploração de reservas desse tipo de gás.

Outro obstáculo a ser superado é o descompasso entre a inflação e valorização cambial. Fadigas cita que entre 2003 e 2012, a taxa inflacionária acumulada no período foi de 73%. No início de 2003, o dólar estava a R$ 3,50 e agora está cotado a R$ 2,35, ou seja, recuou no período.

ELOS DA CADEIA – Estudo que é realizado pela consultoria Maxiquim, com o apoio da Braskem e da Frente Parlamentar em Defesa da Competitividade da Cadeia Produtiva do Setor Químico, Petroquímico e Plástico do Brasil, identifica as relações entre as empresas ligadas à área química com outras atividades (como a indústria automotiva) da região e também os deficits de mão de obra qualificada nessa área. Segundo o presidente <CW-9> da frente, o deputado federal Vanderlei Siraque (PT-Santo André), o estudo deve ficar pronto até março.

Ritmo de importação de máquinas industriais é inferior ao da produção

Fonte: Valor Econômico
O aumento do consumo doméstico de bens de capital por empresas já instaladas no País, verificado neste ano, não foi abastecido prioritariamente por importações. Levantamento do professor Otto Nogami, do Insper, mostra que, embora as importações desse segmento estejam crescendo 6,3% em valor, no ano até outubro, o desembarque do “núcleo duro” de maquinário para a indústria registrou nível mais modesto de crescimento em relação ao ano passado.
Nogami descontou das importações totais de bens de capital registradas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior algumas classes de produtos, como autopeças, bens de transporte e maquinário agrícola e a importação de plantas fechadas de fábricas (como uma indústria nova que se instala no Brasil), onde muitos itens acoplados não são considerados bens de capital. A intenção foi achar os bens de capitais que reflitam máquinas direcionadas à modernização ou ao aumento da produção industrial de empresas já em operação.
O recorte, que usou as classes de maquinaria industrial, acessórios, ferramentas e equipamentos móveis, representou 53% do total das importações de bens de capital no acumulado de janeiro a outubro e somou 4% a mais que os US$ 22 bilhões registrados em igual período de 2012. “Esses são os itens dentro de bens de capital que podem ser considerados como utilizados para a indústria aumentar sua capacidade produtiva”, diz Nogami.
Enquanto a importação, em valor, cresceu 4%, a produção doméstica de bens de capital para uso industrial aumentou 10% até outubro em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Nos dados da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior, o volume importado de bens de capital (total) cresceu 3,5% este ano, enquanto no grupo “máquinas e equipamentos”, essa alta foi de 1,8%, indicando um crescimento menor em proporção do total, e também menor do que a produção doméstica.
Julio Gomes de Almeida, ex-secretário de Política Econômica, faz contas um pouco diferentes. A importação de máquinas e equipamentos mecânicos, em seus cálculos, está com crescimento de 3,4% neste ano. Para ele, os dados da indústria mostram que está em curso uma modernização da produção abastecida por fornecedores nacionais ao invés de importações.
De acordo com o IBGE, em outubro a produção de bens de capital para a indústria cresceu 20% em relação ao mesmo mês de 2012. Antes, o instituto de pesquisa havia registrado aumento na produção de 15,5% no segundo trimestre e de 12,7% no terceiro trimestre, sempre na comparação com mesmo período do ano anterior. O principal fator para o incremento, para Gomes de Almeida, são os juros subsidiados pelo BNDES através do Programa de Sustentação do Investimento, hoje com empréstimos de 3,5% ao ano.
A desvalorização cambial teve influência muito menor no incremento da produção do que o programa, avalia Almeida. “A atuação do BNDES levou à troca de fornecedores.”
E a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas discorda dessa avaliação. Nas contas da entidade, a importação de bens de capital neste ano está em 6% e o consumo aparente destes bens deve encerrar 2013 com alta de 5%, diante de um faturamento no mesmo nível de 2012. Os dados representam o total de bens de capital.
Mário Bernardini, assessor econômico da entidade, observa que, apesar de o montante emprestado pelo programa ter aumentado neste ano, não houve incremento de faturamento por parte das empresas. “Isso significa que o PSI serviu para sustentar o investimento no patamar do ano passado e não aumentá-lo. Se não fosse o PSI, o resultado seria pior”, diz.
Para Bernardini, “a maior parte das importações possui similar nacional. Claramente estava ocorrendo um efeito de substituição em função de preço. Mas a desaceleração das importações não é uma boa notícia, pois mostra que a demanda está mais fraca”, afirma.

Comércio exterior chinês cresce 9,3% em novembro

O valor do comércio exterior da China em novembro superou 370 bilhões de dólares, representando um aumento de 9,3%. O anúncio foi feito ontem (8) pelos Serviços de Alfândega da China.

No mesmo mês, as exportações renderam US$ 202,2 bilhões. Esta foi a primeira vez que o volume superou os US$200 bilhões. Em comparação com o mesmo período do ano passado, as exportações registraram um aumento de 12,7%, enquanto as importações cresceram 5,3% com um volume de US$168,4 bilhões.

Especialistas acreditam que o aumento está relacionado com a melhoria da economia global, com o aproximar do Natal e políticas preferenciais governamentais.

Empresas investiram R$ 65 bi em pesquisa e inovação em 2011

Empresas investiram R$ 65 bi em pesquisa e inovação em 2011Os investimentos feitos pelas empresas em inovação tecnológica atingiram, em 2011, R$ 64,9 bilhões – equivalente a 2,56% da receita líquida de vendas. Na indústria, a aquisição de máquinas e equipamentos continua a ser a atividade que mais concentra gastos com inovação: 1,11% sobre a receita líquida de vendas.

Entre 2009 e 2011, 35,7% das 128.699 empresas com dez ou mais funcionários inovaram em produtos e processos no Brasil. As informações constam da Pesquisa de Inovação Tecnológica 2011 (Pintec 2011) que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje (5).

Apesar dos avanços, a pesquisa constata que os investimentos em inovação tecnológica caíram na indústria nos últimos anos. A Pintec de 2008, por exemplo, registra que 38,1% das empresas haviam inovado. Esse percentual caiu para 35,6% na pesquisa atual.

No universo pesquisado, o número de empresas industriais aumentou 16,1%. Já o crescimento das empresas consideradas inovadoras foi menor (8,3%). Dentre as empresas do grupo indústrias extrativas, 18,9% foram consideradas inovadoras, percentual bem inferior ao das indústrias de transformação (35,9%).

No período que a pesquisa abrange (de 2009 a 2011), 36,8% das empresas do setor de serviços inovaram. “Importante destacar a inclusão, neste conjunto, do setor de serviços de arquitetura e engenharia, testes e análises técnicas, no qual 29,6% das empresas inovaram – valor abaixo da média dos segmentos de serviços”, informou o IBGE.

 

Fonte: TN Petróleo

Transporte aéreo de cargas apresenta lenta recuperação, diz Iata

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou números que mostram uma pequena melhora no crescimento do setor de transporte aéreo, em outubro. Comparado com o mesmo período de 2012 toneladas globais de carga cresceram 4,0%, com melhora em todas as regiões, exceto África.

A expansão gradual continua uma tendência que começou no terceiro trimestre, quando os mercados de transporte aéreo responderam à confiança económica e melhoria da demanda do consumidor. O desempenho varia significativamente por região. Enquanto as transportadoras do Oriente Médio relataram um crescimento mais impressionante de 12,3%, as companhias aéreas europeias e norte-americanas apresentaram crescimento de 4,4% e 3,7%, respectivamente, números abaixo da tendência de crescimento em longo prazo de 5% a 6%.

Já as transportadoras da região da Ásia-Pacífico tiveram um crescimento significativo, de 2,0%. O comércio de volumes chineses em toda a região indica que a Ásia-Pacífico, que é confortavelmente uma região de maior volume de carga aérea em participação de mercado, está potencialmente pronta para a expansão continuada.

“Desde meados do ano temos visto um crescimento modesto, mas sustentado do setor de carga, alimentada pela forte confiança das empresas e melhora nos fluxos de comércio. A carga aérea ainda é um negócio muito difícil. A capacidade de demanda tem sido difícil em um ambiente em que o tráfego de passageiros está crescendo de forma mais enérgica. Há, no entanto, alguma evidência de que a queda da taxa de ocupação tem se estabilizado, mas os rendimentos continuam sob pressão”, disse Tony Tyler, diretor geral e CEO da IATA.

Todas as regiões cresceram em outubro de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. O maior crescimento é no Oriente Médio, mas a Europa também apresentou uma melhora considerável. Europa e Oriente Médio combinados levaram três quartos do aumento da carga ao longo dos últimos seis meses.

As Companhias aéreas da América Latina cresceram 1,5% ano-a-ano, uma desaceleração em relação à taxa de 3,6% registrada em setembro. No entanto, a taxa de crescimento (3,6%) continua a ser a segunda mais rápida de todas as regiões, apoiada por um aumento de 10% no volume do comércio regional. A concorrência de companhias europeias e norte-americanas nas rotas da América Latina, no entanto, tem impacto sobre as transportadoras da região.

Sepetiba Tecon suspende cobrança temporariamente

site dos Usuários dos Portos do Rio de Janeiro começou a tratar das omissões de portos em outubro de 2013 a pedido de diversos exportadores. Além de ser um problema do usuário, os sucessivos e programados cancelamentos de escalas vinham sendo usados pelos terminais Libra Rio e Sepetiba Tecon para justificar seus colapsos. No caso da Libra Rio, parece que a coisa foi administrada, embora ainda existam reclamações por falta de janelas e demora no posicionamento de containers. Todavia, no Sepetiba Tecon, parece que a eficiência não virá tão cedo. Mas, isso é tema para outro artigo que publicaremos em breve.

A situação de cancelamento de escalas, de forma programada e sucessiva, que deixa clara a preferência de alguns armadores por outros portos e o descaso com os usuários dos portos do Rio, além de todos os problemas que o site já tratou, causa ainda mais revolta aos exportadores quando o terminal portuário cobra deles despesas de armazenagem, transferência de embarques, pulagem de reefers e outras eventualmente geradas pelo fato de a carga não ter embarcado. Ou seja, despesas que não estavam previstas pelo exportador e que somente aconteceram, porque o navio não foi pegar a carga, na forma com a qual o armador pactuou com o exportador.

Muitos são os motivos alegados para as omissões de portos no Sepetiba Tecon. Em alguns casos os armadores, por exemplo, acusam o terminal pelo problema devido a demora de atracação. Já o terminal acusa os armadores. A realidade é que quando o tema é dinheiro e se tem uma perspectiva de prejuízos, cada qual “olhará para o próprio umbigo” e as tais parcerias, relações comerciais e cumplicidades escorrem esgoto abaixo. Independente de quem seja responsável pelas omissões de portos, armador ou terminal, de certo, nos termos do Art. 10 da Resolução Antaq 2.389 de 13 de fevereiro de 2012, fica claro que o exportador jamais poderia ser cobrado por tais despesas. O problema é que o Sepetiba Tecon estava cobrando os exportadores e isso está errado e desrespeita uma norma da Agencia Reguladora. Não cabe julgarmos se as cobranças ocorreram de forma intencional, ou se foi um equivoco. Isso é um problema da Antaq e da CDRJ. Faremos a denuncia e aguardaremos respostas.

Antes de publicarmos o artigo sobre a ilegalidade das cobranças contra os exportadores no dia 18 de novembro de 2013, enviamos mensagem para a diretoria do Sepetiba Tecon, vez que o foco da reclamações das cobranças era o terminal. Em 28 de novembro de 2013 nos reunimos com eles e tratamos também do tema. Em 29 de novembro enviamos mensagem solicitando uma posição do terminal acerca das cobranças. Em 02 de dezembro a diretoria do terminal informou que, momentaneamente, não estavam mais emitindo cobranças relacionadas a prestação de serviços efetivamente gerada contra a carga nos casos das omissões. Em 04 de dezembro enviamos mensagem questionando o que seria feito com as cobranças que já foram geradas, se seriam suspensas e também em relação às quantias eventualmente pagas, se seriam estornadas. Na mesma data a diretoria do terminal respondeu a nossa mensagem e reafirmou que as cobranças estavam suspensas. Nada mais do que já tinham informado.

Confirmamos com alguns exportadores e realmente o terminal não está mais enviando as cobranças adicionais pelas omissões de portos. Contudo, como ficou claro, ainda não responderam como tratarão as cobranças já emitidas e se estornarão as quantias eventualmente pagas. Assim, aconselhamos aos exportadores que estão com faturas não pagas em mãos que procurem o terminal e tratem do cancelamento. Já os exportadores que eventualmente pagaram tais despesas, deverão também procurar o terminal e requerer o estorno do pagamento. O mesmo aplica-se aos terminais Libra Rio e MultiRio, caso tenham cobrado tais despesas dos exportadores.

Afirmamos que o foco do pleito é o Art. 10 de Resolução Antaq 2.389/12 e que não existe possibilidade dos exportadores serem responsabilizados pelas omissões de portos. Aconselhamos, aos que não tiverem seus pleitos atendidos em um prazo razoável, que busquem as ouvidorias da Antq e da CDRJ e denunciem os casos. Ofereceremos ajuda aos que quiserem denunciar. Basta enviar mensagem para uprj@uprj.com.br.

PAÍSES INICIAM CONFERÊNCIA DA OMC TENTANDO CONCLUIR NEGOCIAÇÃO DA RODADA DOHA

 

AAAAAAAAAAAAAAAAAOMC
A 9ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) começou hoje (3) em Bali, na Indonésia. O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, está no país para participar do encontro, que tem como desafio o desbloqueio das negociações no âmbito da Rodada Doha, em vigor desde 2001. As reuniões preparatórias da conferência, no entanto, não foram satisfatórias, segundo o diretor-geral da OMC, o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo.

A organização estima que os efeitos de um acordo multilateral dessa envergadura pode chegar a US$ 1 trilhão (cerca de R$ 2,3 trilhões) em geração de comércio e diminuição de custos. Só a facilitação de procedimentos em aduanas reduziria os gastos de exportadores com taxas administrativas e aduaneiras entre 5% e 10%.

A conferência ministerial em Bali irá até a próxima sexta-feira (6) com a participação de representantes de 159 países – entre os quais 125 ministros de Comércio e 3 mil delegados. O presidente da Indonésia, o anfitrião Susilo Bambang Yudhoyono, abriu a conferência pedindo aos países vontade política forte e flexibilidade para que se conclua o “Pacote de Bali” – um conjunto de dez medidas negociadas conjuntamente, especialmente sobre facilitação comercial, desenvolvimento e agricultura.

 

A facilitação comercial – a simplificação e a desburocratização dos mecanismos de troca de produtos – foi um dos maiores entraves ao pacote nas reuniões ministeriais que antecederam o encontro, o que impediu o avanço das negociações para se fechar um texto mais coeso e consensual para ser levado a Bali.

Outra área tradicionalmente sensível da rodada é agricultura, sobre a qual se espera que haja o fim do atraso imputado aos Estados Unidos e à Europa – que resistem em abandonar subsídios agrícolas. Os países em desenvolvimento pedem que o desenvolvidos abandonem os subsídios e assinem um documento vinculante, mas entendem que o primeiro passo não tem de ser, necessariamente, a eliminação completa do incentivo agrícola, mas, pelo menos, uma redução.

O bloco dos desenvolvidos, por outro lado, quer mais acesso aos mercados dos países em desenvolvimento e não aceita negociar agricultura sem essas concessões – que se argumenta serem prejudiciais aos países em desenvolvimento, cuja indústria é menos competitiva, o que poderá levar ao aumento de importações de produtos de maior valor (em comparação aos exportados por eles, que são majoritariamente agrícolas), gerando forte desequilíbrio da balança comercial.

“Já fizemos muito do trabalho pesado. Estamos perto de uma realização histórica. Juntos, com a nossa vontade política coletiva, aproveitemos esta oportunidade. Esta é a nossa chance de reconstruir a credibilidade e a confiança deste fórum de negociação comercial tão precioso”, pediu o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono.

Na abertura dos trabalhos, um dos entraves mais significativos à aceitação do Pacote de Bali foi a exigência da Índia em relação à produção de trigo no país – apoiada pelo governo por ser a base da agricultura familiar. A Índia havia aceitado a limitação da compra estatal de trigo, mas pediu uma revisão do compromisso, com o argumento de que precisa apoiar os produtores nacionais, negando qualquer tipo de limitação.

A inabilidade de a OMC destravar a Rodada Doha é vista como uma das piores possibilidades para o comércio mundial. Ao longo dos últimos anos, em que não tem havido avanço multilateral, muitos países e blocos têm tentado facilitar o comércio de forma bilateral. Exemplo disso são os esforços recentes do governo brasileiro em fazer andar o acordo entre o Mercosul e a União Europeia.

“É a nossa esperança que, ao longo dos próximos dias, os ministros conseguirão passar a mensagem ao mundo de que o sistema multilateral de comércio ainda funciona. Estamos no ápice de uma realização que nos ilude por 12 anos “, disse a presidenta da reunião ministerial, Gita Wirjawan.

Lançada em 2001, a Rodada Doha foi criada pela OMC com o objetivo de proporcionar benefícios a países em desenvolvimento e de melhor desenvolvimento relativo por meio da redução de barreiras comercias e da livre circulação de mercadorias.

Em 2008, a rodada travou depois da disparidade de opiniões dos membros sobre subsídios agrícolas, tarifas, acesso a mercados entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Desde então, pouco progresso foi alcançado.

Da Ag.Brasil

Importadores de máquinas têm queda de negócios em 2013

De 2011 a 2013, o setor diminuiu o volume médio de negócios no ano de US$ 2,2 bilhões para menos de US$ 1,8 bilhões, queda de 20%

Beatriz Bulla, do 
Exportações e importações: containers em porto
São Paulo – Este ano não foi positivo para os importadores de máquinas e equipamentos industriais. Pelo segundo ano consecutivo, foi registrado recuo no volume médio de negócios do setor, segundo a Associação Brasileira de Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei). De 2011 a 2013, o setor diminuiu o volume médio de negócios no ano de US$ 2,2 bilhões para menos de US$ 1,8 bilhões, queda de 20%.

“Tinha-se a expectativa de que esse ano poderia pelo menos recuperar a queda que havia em 2012, mas pelo contrário. Houve uma queda maior ainda”, afirmou o presidente da Abimei, Ennio Crispino. “Esse ano de 2013 foi um ano difícil. Eu diria até que muitos desses importadores prefeririam esquecer”, completou.

De acordo com ele, quando o governo anuncia aumento nas importações de bens de capital não considera apenas maquinário produtivo, mas também itens manufaturados, como autopeças. “Para o governo, vários itens são bens de capital, mas não aumentaram as importações de meio produção”, explicou.

O setor automobilístico, que responde por 60% das importações de bens de capital, se manteve estável, sem investimentos significativos. As montadoras já estavam equipadas para a produção prevista no ano e o Inovar-Auto ainda não surtiu efeito, segundo Crispino. O programa é uma expectativa positiva para o setor, já que a produção de conteúdo nacional irá exigir maquinário. “As máquinas oferecidas pelo parque nacional ou não têm capacidade produtiva ou não têm tecnologia e precisão que exigem essas montadoras.”

Apesar disso, a previsão para 2014 não é positiva, por conta do “efeito calendário”, prejudicado por feriados, Copa do Mundo e eleições. “Não temos motivos para achar que há indicativos de que possa ser um ano melhor do que 2013. Se conseguirmos pelo menos igualar 2013 já será um alento”, afirmou o presidente da Abimei. Segundo ele, tudo está “no campo da incerteza” e vai depender também da condução da política econômica.

Missão faz negócios de quase US$ 1 milhão no Marrocos

Delegação empresarial brasileira está em viagem ao Norte da África. A cidade marroquina de Casablanca é a segunda e última etapa do programa.

Da Redação

Mara Schuster/MDIC

Schaefer propôs acordo de cooperação

São Paulo – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou nesta quarta-feira (04) que a delegação empresarial que está no Norte da África esta semana fechou US$ 975 mil em negócios no Marrocos e tem expectativa de realizar contratos de US$ 3,825 milhões nos próximos 12 meses. A cidade marroquina de Casablanca é a segunda e última etapa da missão comercial organizada pelo MDIC. A primeira foi Argel, na Argélia.

De acordo com o ministério, foram realizadas 56 reuniões entre empresários marroquinos e brasileiros das áreas de engenharia e construção, logística e transporte, produtos farmacêuticos, metalurgia, material elétrico, implementos agrícolas e equipamentos médicos e hospitalares, entre outras.

Assim como na Argélia, o secretário-executivo do MDIC, Ricardo Schaefer, disse que pretende propor ao governo marroquino a assinatura de um acordo de cooperação e facilitação de investimentos. “É um estímulo maior para que os empresários brasileiros invistam no Marrocos e para que os empresários marroquinos invistam no Brasil”, declarou o secretário, segundo nota do ministério.

A missão ao Norte da África é organizada pelo MDIC e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), com apoio do Itamaraty, Câmara de Comércio Árabe Brasileira e Confederação Nacional da Indústria (CNI).

FONTE: ANBA