Tatiana Prazeres deixará o MDIC

Agência Estado

A secretária de Comércio  Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, deixará o cargo na próxima sexta-feira, dia 2 de agosto. Em seu lugar assumirá o atual diretor do Departamento de Negociações Internacionais da Secretaria de Comércio Exterior, Daniel Godinho.

A exoneração de Tatiana deve ser publicada na segunda-feira, dia 5 de agosto, no Diário Oficial da União (DOU). A saída de Tatiana Prazeres, segundo informou o MDIC, se deve a motivos pessoais. Nesta quinta-feira, 1 de agosto, Tatiana dará sua última entrevista coletiva como secretária do MDIC para comentar o resultado da balança comercial brasileira referente ao mês de julho.

 

Balança comercial tem superávit

Na terceira semana de junho, resultado positivo somou US$ 1,294 bilhão, mas, no ano, País acumula déficit no comércio internacional.

Da Redação – ANBA

São Paulo – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,294 bilhão na terceira semana de junho (entre os dias 17 e 23). Segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (24) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na média diária foram exportados US$ 1,210 bilhão, um aumento de 20% em relação ao observado até a segunda semana deste mês. Já as importações tiveram média diária de US$ 951,2 milhões e foram 2,2% menores do que até a segunda semana. No total do período, o país exportou US$ 6,050 bilhões e importou US$ 4,756 bilhões.

Segundo o MDIC, na terceira semana do mês as exportações de manufaturados cresceram 92,8%, as de semimanufaturados tiveram alta de 0,3% e os embarques de produtos básicos caíram 19,3% em relação à segunda semana. Já entre os produtos importados, houve queda nas compras de equipamentos mecânicos, aparelhos eletroeletrônicos, veículos automóveis e partes, químicos orgânicos e inorgânicos e adubos e fertilizantes.

No acumulado de junho, as exportações somam US$ 16,127 bilhões e as importações, US$ 14,478 bilhões. O saldo comercial no acumulado do mês é de US$ 1,649 bilhão. No mês, cresceram as exportações de produtos manufaturados (alta de 21,3%), básicos (7,5%) e estão caindo as remessas de semimanufaturados (queda de 2,6%). Em relação a maio, as exportações registram crescimento de 3,5% pela média diária.

De janeiro até a terceira semana de junho, a corrente de comércio brasileira soma US$ 222,577 bilhões, um volume 3,5% maior do que no mesmo período de 2012. O saldo comercial, porém, registra déficit de US$ 3,745 bilhões nos 118 dias úteis de 2013.

Queda na exportação reduz crescimento da indústria, aponta pesquisa

A indústria brasileira registrou, em abril, o ritmo de crescimento mais lento dos últimos seis meses. Apesar da melhora em relação ao crescimento de março, o desempenho foi afetado pela queda nas vendas para exportação –o que não ocorria desde novembro do ano passado.

Os dados são do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), pesquisa mensal realizada pelo grupo HSBC sobre o desempenho da indústria.

Balança comercial registra deficit de US$ 994 milhões e pior abril da história

“Este é mais um sinal de que a recuperação econômica em 2013 é ainda modesta”, disse Andre Loes, principal economista do HSBC no Brasil, em relatório.

Segundo ele, os dados da pesquisa reforçam a percepção de que após um início de ano forte, a atividade econômica perdeu força ao longo do primeiro trimestre.

A indústria ainda sofreu com pressões inflacionárias –em março, o IPCA, a inflação oficial do país, chegou a 6,58% no acumulado dos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta estipulado pelo governo (6,5%).

As matérias-primas que mais subiram de preço no período foram o aço, o plástico e os combustíveis. Devido à concorrência, nem toda carga de elevação dos preços foi repassada aos clientes, e parte dos custos foi absorvida pela indústria.

EMPREGOS

O relatório do HSBC apontou ainda que houve redução que no número de funcionários, a primeira registrada pelo setor em quatro meses.

Outros fatores apontados pela pesquisa como determinantes para o fraco desempenho foram a escassez de matérias-primas, a logística prejudicada pela má condição das estradas do país e uma deterioração no desempenho dos fornecedores.

A pesquisa é resultado de questionário enviado mensalmente a executivos de compras de cerca de 400 empresas industriais.

Arábia Saudita é polo de negócios para micro e pequenos exportadores

Exportações brasileiras para o país cresceram 149% nos últimos cinco anos

Patrícia Basilio – iG São Paulo

Enquanto o mercado europeu e o americano tentam se recuperar da crise internacional, o Oriente Médio está em plena ascensão – ao menos para os brasileiros. Não à toa, a Arábia Saudita é um dos cinco principais destinos das micro e pequenas empresas apoiadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), junto com China, Angola, África do Sul e México.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as exportações brasileiras para a Arábia Saudita foram de R$ 5,7 bilhões entre 2003 e 2007 (valor acumulado) para o total de R$ 14 bilhões nos últimos cinco anos, o que representa um aumento de 149%.

Do montante total exportado pelo País em 2012, 1,4% corresponde às micro e pequenas empresas, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O resultado positivo precede uma fase negativa para a balança comercial brasileira. Segundo o MDIC de janeiro a março deste ano, as importações superaram as exportações em R$ 5 bilhões.

 

Divulgação

Igor Kaufeld demorou mais de um ano para fazer a 1ª venda para a Arábia Saudita

 

“A Arábia Saudita é a bola da vez porque tem a maior renda e população do Oriente Médio e as taxas de exportação são as mais baixas do mercado. E como eles só exportam petróleo, importam quase tudo que consomem”, explica Marcos Lélis, coordenador de inteligência comercial e competitiva da Apex Brasil.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Arábia Saudita fechou 2012 com o 20º maior PIB do mundo (US$ 577 bilhões), atrás da Suíça (19ª colocada) e do Brasil (7º colocado).

Entre os produtos brasileiros mais exportados para esse país estão alimentos, moda, confecções e calçados. Para as micro e pequenas empresas se diferenciarem das grandes, contudo, devem exportar produtos premium. “As pequenas companhias devem apostar nos artigos sofisticados, como calçados artesanais e roupas bordadas”, exemplifica Lélis.

Diferença cultural
Apesar de a Arábia Saudita ser um país atrativo para os brasileiros, a cultura é um grande empecilho, principalmente para pequenas empresas com pouca experiência em negociação.

“Você não consegue fazer negócio na 1ª visita. O saudita é muito desconfiado. O empresário precisa conquistá-lo aos poucos para ter um cliente fiel”, aconselha Lélis.

O empresário Igor Kaufeld, de 32 anos, proprietário da WK Trading, sabe bem das dificuldades para desbravar o território saudita. Para vender a primeira leva de madeira para empresas de construção civil, demorou mais que um ano. “Eles barganham muito. Tive que estudar a cultura deles antes para ter mais facilidade na negociação. Você não pode cumprimentar alguém com a mão e deve andar de trajes apropriados em todos os lugares”, conta o curitibano.

Mulheres, destaca ele, dificilmente negociam com um saudita. “Só mandamos homens para países do Oriente Médio. Na cultura local, elas devem ficar em casa.”

 

De acordo com Thiago Alexandre Brandão Faria, consultor de comércio exterior do Sebrae-SP, as peculiaridades culturais do país devem ser estudadas com bastante cautela, como fez Kaufeld. Isso porque há regras muito específicas na Arábia Saudita que não podem ser desconsideradas.

“A comida, por exemplo, não pode ter álcool. O abate dos animais deve ser feito de acordo com a religião deles e embalagens com fotos de mulheres devem esconder os olhos delas”, detalha ele.

Planejamento
Falta de planejamento, explica o consultor, faz com que o empresário perca dinheiro entre uma viagem e outra. “É preciso fazer uma análise prévia para ver se o produto cabe naquele país e participar de eventos, cursos e seminários que ajudam os pequenos empresários a levar seus produtos Brasil afora”, destaca.

Paulo Bergamaschi, 58 anos, proprietário da Bel Internacional, participou de uma missão comercial promovida pela Apex Brasil na Arábia Saudita em fevereiro deste ano. Lá, negociou com cercade 20 novos clientes. “Participei do encontro porque queria reunir o maior número de clientes em uma única viagem”, conta ele.

Entre os produtos exportados pelo escritório de comércio exterior estão arroz, carne em lata, proteína de soja e guaraná. Segundo Bergamaschi, só no ano passado a empresa exportou R$ 1 milhão em arroz.

Para este ano, a expectativa é que o volume de exportações equipare-se ao do ano passado, diz o empresário. Isso porque o mercado saudita tornou-se competitivo devido à crise dos países europeus. “Há muitas empresas da Europa querendo vender para a Arábia Saudita com preços mais baixos. Com isso, eles acabam deixando de comprar conosco.”

Veja abaixo dicas para exportar para a Arábia Saudita:

– Conquiste a confiança do saudita
– Estude a cultura e legislação local;
– Converse com outros exportadores;
– Seja persistente e atencioso na negociação
– Guarde dinheiro para ir ao país com frequência
– Participe de cursos*, seminários** e missões comerciais

*O Sebrae oferece cursos gratuitos e pagos para micro e pequenas empresas exportadoras
**A Apex Brasil oferece seminários e workshops gratuitos

 

Fontes: Apex Brasil e Sebrae-SP

Balança inicia abril superavitária em US$ 311 milhões

A balança comercial brasileira iniciou o mês de abril com superávit de US$ 311 milhões. O saldo positivo resultou de exportações de US$ 4,764 bilhões, superiores às importações, que ficaram em US$ 4,454 bilhões. No acumulado do ano, a balança continua deficitária em US$ 4,845 bilhões. Os números foram divulgados ontem (8) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A média diária exportada ficou em US$ 953 milhões, recuando tanto na comparação mensal quanto na anual. Com relação à primeira semana de abril de 2012, houve decréscimo de 2,6%. Já no comparativo com março deste ano, a queda foi de 1,3%. Os responsáveis pela queda nas vendas externas no ano foram os produtos manufaturados (-6,7%) e básicos (-1,1%).

No grupo de manufaturados, aviões, óleos combustíveis, remédios, pneumáticos, partes de motores, autopeças e motores e geradores puxaram o recuo. No grupo dos itens básicos, petróleo bruto, bovinos vivos, fumo em folhas e café em grãos encabeçaram as exportações menores. A categoria semimanufaturados foi a única a registrar alta modesta nas vendas externas frente a 2012, de US$ 100 milhões para US$ 110 milhões. De acordo com o MDIC, os responsáveis foram cobre, ouro e açúcar bruto.

As aquisições no exterior alcançaram média diária de US$ 890,8 milhões na primeira semana de abril, 4,7% inferior tanto à do mesmo período de 2012 quanto à de março deste ano. No comparativo anual, caíram as importações de combustíveis e lubrificantes (-66,6%), cobre (-22,6%), cereais e produtos de moagem (-7,8%) e siderúrgicos (-2,7%).

As exportações brasileiras alcançam US$ 55,601 bilhões em 2013, e as importações, US$ 60,446 bilhões. Segundo posição oficial do MDIC, o governo espera encerrar o ano com exportações elevadas e balança superavitária. No entanto, o órgão não divulgará meta numérica para as exportações como fez em anos anteriores.

Fonte: Agência Brasil

Exportação cai 12,2%; importação sobe em fevereiro

Renata Veríssimo | Agência Estado

 

Assim como em janeiro, a balança comercial brasileira registrou déficit nos primeiros dias de fevereiro. O desempenho negativo é resultado de uma queda das exportações e aumento das importações. Os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que a média diária das vendas externas, de US$ 833 milhões, caiu 12,2% nos 10 primeiros dias de fevereiro, em relação a fevereiro de 2012 (US$ 948,8 milhões).

 

A maior retração foi nas exportações de manufaturados, de 15,2%, puxada por óleos combustíveis, aviões, suco de laranja congelado, máquinas para terraplanagem, motores e geradores, e automóveis de passageiros. As vendas externas de produtos básicos tiveram queda de 7,2%, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, soja em grão, fumo em folhas, café em grão e minério de ferro.

 

As exportações de semimanufaturados caíram 12,5%, em função de uma retração nos embarques de ferro fundido, alumínio em bruto, ferro-ligas, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada e óleo de soja em bruto.

 

O aumento nas importações, por outro lado, foi de 11,3%, com média diária de US$ 956,5 milhões, até o dia 10 de fevereiro. Cresceram as importações, principalmente, de combustíveis e lubrificantes (65,2%), cereais e produtos de moagem (60,1%), adubos e fertilizantes (54,5%), aeronaves e partes (24,3%), químicos orgânicos e inorgânicos (20,4%) e instrumentos de ótica e precisão (10,2%).

 

Em janeiro, a balança comercial brasileira já havia registrado déficit de US$ 4,035 bilhões, o maior da série histórica. A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, já antecipou que até o mês de março os dados estarão influenciados pelo registro de importações de petróleo e derivados realizadas pela Petrobras no ano passado. Por conta disso, ela previu que a balança só deve voltar a registrar superávit a partir de abril. Cerca de US$ 1,6 bilhão das importações de janeiro se referem a compras feitas pelas estatal ainda em 2012.

 

A Petrobras estima que mais US$ 2,9 bilhões serão incorporados nos dados das importações de fevereiro e março. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 20,966 bilhões, com média diária de US$ 748,8 milhões e queda de 5,7% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações totalizam US$ 25,742 bilhões, com média diária de US$ 919,4 milhões, o que representa um crescimento de 15,9% no ano, até a segunda semana de fevereiro. O déficit comercial acumulado soma US$ 4,776 bilhões.

Déficit da balança comercial em janeiro é expressivo

Ministério afirmou que pode haver novos resultados deficitários em fevereiro e março em função de importações feitas no ano passado que ainda não foram processadas

Mariana Branco, da 
Brasília – A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, admitiu que o saldo negativo de US$ 4,035 bilhões da balança comercial em janeiro “é um déficit expressivo”.

Ela afirmou que pode haver novos resultados deficitários em fevereiro e março em função de importações feitas no ano passado que ainda não foram processadas. Para os meses seguintes, no entanto, o governo espera superávit e mantém a expectativa de exportações elevadas e saldo positivo em 2013. O MDIC divulgou hoje (1°) o resultado da balança no primeiro mês do ano, que é o pior desde o início da série histórica em 1993.

Apesar de reconhecer a expressividade do déficit de janeiro, Tatiana Prazeres afirmou que a balança está em um momento mais favorável do que em anos anteriores. Ela apresentou números do ministério mostrando que o saldo negativo de janeiro representou 25,3% das exportações brasileiras.

Em dezembro de 1996, quando a balança ficou deficitária em US$ 1,7 bilhão e teve o segundo pior resultado mensal da série histórica, esse volume representava 47,2% das vendas externas. “O comércio exterior do Brasil cresceu muito nos últimos tempos. Nossas exportações continuam elevadas”, disse a secretária.

As exportações brasileiras ficaram em US$ 15,968 bilhões em janeiro e as importações em US$ 20,003 bilhões. O volume importado foi o maior para o mês desde o início da série histórica. As exportações foram impactadas, entre outros fatores, pela queda na venda de petróleo para o exterior.

Houve retração no comércio com parceiros que consomem o produto vindo do Brasil, como Estados Unidos e China. De acordo com Tatiana Prazeres, a redução deve-se ao maior consumo interno. “Há uma demanda pelo processamento do petróleo no país e isso tem reduzido as vendas”, disse.

A secretária de Comércio Exterior explicou que um dos motivos do volume expressivo das importações, que cresceram 14,6% ante janeiro do ano passado, está relacionado à publicação da Instrução Normativa 1.282 da Receita Federal. Editada em julho do ano passado, ela tornou mais demorado o processo de importações de cargas a granel e isso se refletiu nas compras brasileiras de combustíveis.

Por isso, há um estoque do produto cuja aquisição não foi compensada e que ainda deve impactar no resultado da balança. “Há ainda um volume considerável que refletirá nos meses de fevereiro e março. São US$ 2,9 bilhões, segundo a Petrobras.” Ela destacou, no entanto, que mesmo sem o estoque reprimido de combustível as importações teriam sido recorde no mês de janeiro. Segundo projeção do MDIC, teria havido crescimento de 5,5% na média diária de compras em lugar dos 14,6% registrados.

De acordo com a secretária, o MDIC continuará a não estabelecer uma meta de exportações para 2013. “Esperamos manter o patamar elevado [de exportações] dos últimos dois anos, mas não atribuíremos um número”, declarou.

Exportações superam importações na 2ª semana de outubro

FolhaPress

 

SÃO PAULO, SP, 15 de outubro (Folhapress) – As exportações superaram as importações em US$ 919 milhões na segunda semana de outubro, segundo informações divulgadas hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

O saldo positivo da segunda semana, chamado de superavit comercial, é resultante das exportações de US$ 4,43 bilhões menos as importações de US$ 3,52 bilhões.

No mês, o superavit é de US$ 1,73 bilhão. No mês, as exportações alcançaram US$ 9,79 bilhões, e as importações US$ 8,06 bilhões.

No ano, o saldo positivo é de US$ 17,45 bilhões, 27,08% menor do registrado no mesmo período de 2011 (US$ 23,93 bilhões). As exportações no acumulado do ano somam US$ 190,39 bilhões, enquanto as importações chegaram a US$ 172,93 bilhões.

A balança comercial é o resultado do comércio entre os países, a relação entre as exportações e importações. Se o resultado é positivo, é registrado superavit e significa que o país vendeu mais produtos ou serviços do que comprou. No caso de resultado negativo (quando as importações são maiores do que as exportações) é registrado deficit.

Superávit comercial da China salta com fraqueza nas importações

PEQUIM, 10 Jul (Reuters) – Os dados da balança comercial de junho da China, divulgados nesta terça-feira, causaram ansiedade sobre a força da demanda doméstica na segunda maior economia do mundo, ao passo que as importações cresceram apenas metade do ritmo esperado, sinalizando uma necessidade de Pequim tomar mais ações para impulsionar o crescimento.

Autoridades apontaram para a crise da dívida na União Europeia (UE) -o maior parceiro comercial da China- como essencial para Pequim atingir sua meta de 10 por cento de crescimento das trocas comerciais este ano, com a queda nas vendas na UE no primeiro semestre de 2012 fazendo com que os Estados Unidos superem o bloco como o principal destino das exportações chinesas.

As importações, na base anual, cresceram 6,3 por cento em junho, número muito distante da previsão de economistas para aumento de 12,7 por cento e dos 12,7 por cento de alta em maio, indicando tanto uma queda na demanda doméstica como queda nos estoques dos exportadores, preocupados com a fraqueza do crescimento de novas encomendas.

“No mundo ‘acentuadamente negativo’ de hoje, isso colocará o foco sobre o ângulo da demanda doméstica e sobre a história de forte desaceleração”, afirmou à Reuters o chefe de pesquisas econômicas para a Ásia do ING em Cingapura, Tim Condon.

Os dados de importação ofuscaram uma surpresa no crescimento das exportações de junho de 11,3 por cento ante expectativa de alta de 9,9 por cento, deixando o superávit comercial em 31,7 bilhões de dólares, ante 18,7 bilhões de dólares em maio.

“As exportações vieram acima das expectativas, mas isso não significa que nós não devemos ficar preocupados com as exportações”, afirmou o economista do HSBC em Pequim Sun Junwei.

As exportações da China para a UE caíram 0,8 por cento no primeiro semestre de 2012, para 163,1 bilhões de dólares, enquanto para os Estados Unidos elas cresceram 13,6 por cento, para 165,3 bilhões de dólares. A China importou 65,8 bilhões de dólares em produtos norte-americanos nos primeiros seis meses do ano, uma alta de 7,9 por cento.

(Reportagem de Kevin Yao)

Reuters Brasil

Governo estuda medidas para melhorar exportações

Agência Estado

O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, disse nesta segunda-feira que o governo está trabalhando medidas que possam facilitar o acesso de exportadores brasileiros a mercados. Ele disse que não poderia antecipar as medidas porque estão em fase muito preliminar. “Cabe ao MDIC dar mais rapidez às ações para poder ter um bom desempenho (da balança) ainda no ano de 2012”, disse.

Segundo ele, o papel do Ministério é apoiar os setores da economia com os instrumentos existentes. “O Brasil não pode fechar a economia, temos que fazer defesa e não proteção. Sempre que notarmos que há distorção grande e espúria na competição, o governo tem que agir através de seus instrumentos”, disse. “Não se pode confundir defesa da indústria com proteção. Precisamos avançar na política industrial”, enfatizou.

O secretário executivo lembrou que o Brasil já negocia com os países do Mercosul uma lista com 200 produtosque terão elevação do Imposto de Importação. Segundo ele, esse é mais um mecanismo de defesa contra a crise. A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, informou que na consulta pública sobre essa lista o Ministério recebeu cerca de 300 pleitos para compor o documento. Ela destacou também que essa elevação é temporária, até 2014, e deve entrar em vigor no segundo semestre.

Teixeira disse também que espera que o câmbio possa impactar positivamente algumas exportações de manufaturados nos próximos meses. No entanto, ponderou, não deve mudar a dinâmica e a tendência das exportações brasileiras. Ele destacou que o efeito do câmbio vai depender da recuperação das economias mundiais, caso contrário o impacto será neutro.

O secretário afirmou que a maior queixa dos empresários atualmente é a dificuldade de acesso a mercados por causa da baixa demanda. Ele disse que ainda assim a balança comercial terá superávit este ano, mas não quis arriscar uma estimativa. “Não consigo mensurar o tamanho do superávit. Não consigo ter uma previsibilidade clara do que vai acontecer em dois ou três meses. O mercado externo tem muita volatilidade”, afirmou.

Sobre a Argentina, o secretário disse que o comércio bilateral deve melhorar este mês em função das negociações recentes para a retirada de barreiras, porém, avaliou que a desacelaração do comércio entre os dois países é efeito da crise internacional.