Transporte aéreo de cargas apresenta lenta recuperação, diz Iata

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) divulgou números que mostram uma pequena melhora no crescimento do setor de transporte aéreo, em outubro. Comparado com o mesmo período de 2012 toneladas globais de carga cresceram 4,0%, com melhora em todas as regiões, exceto África.

A expansão gradual continua uma tendência que começou no terceiro trimestre, quando os mercados de transporte aéreo responderam à confiança económica e melhoria da demanda do consumidor. O desempenho varia significativamente por região. Enquanto as transportadoras do Oriente Médio relataram um crescimento mais impressionante de 12,3%, as companhias aéreas europeias e norte-americanas apresentaram crescimento de 4,4% e 3,7%, respectivamente, números abaixo da tendência de crescimento em longo prazo de 5% a 6%.

Já as transportadoras da região da Ásia-Pacífico tiveram um crescimento significativo, de 2,0%. O comércio de volumes chineses em toda a região indica que a Ásia-Pacífico, que é confortavelmente uma região de maior volume de carga aérea em participação de mercado, está potencialmente pronta para a expansão continuada.

“Desde meados do ano temos visto um crescimento modesto, mas sustentado do setor de carga, alimentada pela forte confiança das empresas e melhora nos fluxos de comércio. A carga aérea ainda é um negócio muito difícil. A capacidade de demanda tem sido difícil em um ambiente em que o tráfego de passageiros está crescendo de forma mais enérgica. Há, no entanto, alguma evidência de que a queda da taxa de ocupação tem se estabilizado, mas os rendimentos continuam sob pressão”, disse Tony Tyler, diretor geral e CEO da IATA.

Todas as regiões cresceram em outubro de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado. O maior crescimento é no Oriente Médio, mas a Europa também apresentou uma melhora considerável. Europa e Oriente Médio combinados levaram três quartos do aumento da carga ao longo dos últimos seis meses.

As Companhias aéreas da América Latina cresceram 1,5% ano-a-ano, uma desaceleração em relação à taxa de 3,6% registrada em setembro. No entanto, a taxa de crescimento (3,6%) continua a ser a segunda mais rápida de todas as regiões, apoiada por um aumento de 10% no volume do comércio regional. A concorrência de companhias europeias e norte-americanas nas rotas da América Latina, no entanto, tem impacto sobre as transportadoras da região.

Desenvolvimento do transporte aéreo de cargas está travado

Ideal para o transporte rápido de mercadorias, especialmente as perecíveis ou de maior valor agregado, o modal aéreo sofre pela falta de condições estruturais e operacionais para decolar no Brasil. “A infraestrutura é bastante deficiente”, resume o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snae), José Márcio Monsão.

A Infraero administra no País 34 Terminais de Logística de Carga – Rede Teca, mas a maior parte da demanda – 79% – se concentra apenas em quatro aeroportos: Guarulhos (32,2%), Viracopos (23,4%), Manaus (15,6%) e Galeão (7,9%). Em todos eles, há pressão por investimentos para atender à demanda crescente. No primeiro trimestre do ano foram transportadas 259.619 toneladas por via aérea e a projeção da Infraero é fechar 2013 com o total de 1,26 milhão de toneladas.

O transporte por via aérea, por seu custo mais elevado, está muito ligado às condições macroeconômicas. Melhorou a economia, cresce a procura pelos aviões para levar mercadorias. Por isso, fatores como a cotação do dólar pesam bastante no desempenho do setor. Dólar baixo significa mais importações. Dólar alto, exportações. O mesmo acontece com as cargas expressas, especialmente as adquiridas via e-commerce e que voam pelos céus do País para chegar ao destino dentro do prazo prometido. No entanto, o presidente do Snae diz que investimentos em infraestrutura podem incrementar o uso do modal independente das condições da economia.

Falta de desenvolvimento
Os aeroportos das capitais gaúcha e paranaense são exemplos de dois terminais com demanda pelo transporte aéreo, mas que não podem se desenvolver por falta de condições operacionais. “Curitiba e Porto Alegre precisariam urgentemente de prolongamento de pista para receber os aviões cargueiros, assim como os dois aeroportos têm problemas com neblina frequente e, pela falta do equipamento ILS, ficam sem operar quando há nevoeiros”, diz José Márcio, ao citar as aeronaves de grande porte e que transportam grande volume de carga (as mercadorias menores também viajam nos compartimentos de carga das linhas regulares de passageiros).

As queixas também se estendem à falta de espaço na pista para manobras e estacionamento das aeronaves. A situação se agrava nos terminais mais movimentados, que, até mesmo por falta de pessoal, demoram a liberar as mercadorias, fazendo com que a principal vantagem do avião, a rapidez, se perca.

fonte: Portogente

Iata: transporte aéreo de carga global tem leve aumento em abril

Para associação, mercado global conseguiu se recuperar no mês passado, mas crescimento permanece fraco

Aviôes de carga da empresa de transporte aéreo UPS, nos Estados UnidosSegundo Iata,o tráfego de carga internacional sofreu alta de 1,2% em comparação com o mesmo período do ano passado(John Sommers II/Reuters)

De acordo com informações da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), o mercado global de transporte aéreo de carga conseguiu se recuperar ligeiramente no mês de abril. O tráfego internacional teve alta de 1,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, e avançou 0,8% ante março. Contudo, a Iata disse que o crescimento em geral continua fraco.

“Vimos um leve aumento nos mercados de carga no fim de 2012. Mas isso claramente estagnou”, afirmou o diretor-geral da Iata, Tony Tyler, em comunicado à imprensa.

Segundo ele, a melhora em abril, ainda que pequena, “significa que as condições econômicas não se deterioraram ao ponto de iniciar uma contração no mercado”. Tony ainda destacou que “se prestarmos atenção nos mercados emergentes – principalmente América Latina e Oriente Médio – veremos sinais encorajadores de crescimento”.

(com agência Reuters)

 

Recuperação de transporte aéreo de carga depende da zona do euro

GENEBRA (Reuters) – O mercado global de cargas aéreas deve prolongar sua lenta recuperação, a menos que um novo golpe contra a confiança partindo da zona do euro reverta a tendência, afirmou a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), nesta terça-feira.

A Iata disse que a demanda global de cargas cresceu em 2 por cento em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado após ajustes de calendário.

“Estas são notícias bem-vindas, depois de dois anos consecutivos de contração”, disse o presidente-executivo da Iata, Tony Tyler, em um comunicado. “São notícias ainda melhores que este crescimento deve progredir moderadamente ao longo do ano. Porém, as melhorias não podem ser dadas como certas. Eventos no Chipre nos lembraram de que a crise na zona do euro está longe de ter acabado.”

A Iata informou que dados oficiais mostraram um declínio de 6,2 por cento no tráfego de cargas em fevereiro, mas isto foi severamente impactado pelo ano bissexto em 2012, e pela mudança de data do Ano Novo Lunar da Ásia, um período em que tradicionalmente as fábricas fecham na China.

Entretanto, o volume menor não foi acompanhado por um mesmo corte na capacidade, o que significa que aviões viajaram com mais espaço de cargas vazio do que em janeiro. O uso de capacidade de carga foi 0,8 por cento menor em fevereiro do que no mês anterior, disse a Iata.

Pesquisas de confiança de empresários sugerem que a demanda por frete aéreo irá ganhar com o aumento da atividade manufatureira nos próximos meses, porém previsões similares em 2011 e 2012 não se concretizaram com a intensificação dos problemas na zona do euro, e o mesmo risco assombra os recentes sinais de recuperação, disse a Iata.

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