Dólar em elevação gera expectativa no exportador

Novo patamar cambial deve beneficiar os setores que exportam

Rafael Vigna

ABICALÇADOS/DIVULGAÇÃO/JC

Klein diz que reflexos são positivos para o calçado
Klein diz que reflexos são positivos para o calçado

A alta do dólar, acelerada a partir do início de maio, traz uma nova realidade para algumas cadeias produtivas do Rio Grande do Sul. Tema recorrente na agenda de entidades setoriais gaúchas, a pauta pode significar um alívio para a balança comercial de alguns itens produzidos no Estado. Entretanto, sozinha, a valorização da moeda norte-americana não conseguirá reduzir a pressão sobre custos que afetam, principalmente, a indústria e o agronegócio.

Na avaliação de analistas, o novo patamar cambial deve perdurar ao longo do ano e beneficiar o exportador. É o que afirma o economista da FEE, Bruno Caldas. Se de um lado os custos dos produtos importados puxam os preços e elevam a inflação, de outro, os efeitos são positivos para os segmentos exportadores.  “O novo patamar trará melhorias às vendas externas de maneira geral, mas apenas a partir do segundo semestre de 2013. Os setores agrícola e metal-mecânico devem ser os maiores beneficiados”, afirma.

Para o economista, o dólar a R$ 2,30 deve funcionar como uma espécie de baliza da banda cambial monitorada pelo Banco Central. Entretanto, ressalta Caldas, a recuperação de indicadores econômicos nos Estados Unidos proporciona a criação de uma rota de fuga ao capital estrangeiro. O fato dificultaria o êxito de eventuais intervenções via leilões de swaps cambiais.

Representantes de segmentos fortes da economia gaúcha, como o moveleiro e o calçadista, comemoram o que chamam de um novo patamar cambial da economia brasileira. De acordo com o diretor executivo da Abicalçados, Heitor Klein, os reflexos são positivos para todas as cadeias exportadoras.  “O dólar mais alto vem reforçando as expectativas de uma melhoria nas exportações, já registrada nos primeiros cinco meses do ano. Com o dólar num patamar de R$ 2,20, os exportadores conseguem formar preços mais competitivos em relação à concorrência internacional”, resume.

Por outro lado, Klein afirma que o valor ainda não permite recuperação da capacidade plena da produção. Recente pesquisa desenvolvida pela entidade fixou o câmbio ideal na casa de R$ 2,40. Mesmo assim, a elevação já rendeu aumento de 3% das receitas externas do setor em 2013. O dado, segundo o dirigente, está distante de compensar o pior resultado dos últimos 25 anos pelo setor, registrado no ano passado.

Já o assessor de inteligência comercial do Sindmóveis de Bento Gonçalves, Eduardo Santarossa, diz não ter dúvidas de que o novo patamar “veio para ficar”. No entanto, ele afirma que apenas o câmbio não é capaz de aliviar as pressões sobre os custos.

Para Santarossa, a indústria amargou um aumento com gastos trabalhistas e de logística, acima dos ganhos de produtividade, o que não contribui para a redução do chamado Custo-Brasil. “Sozinho, o dólar não será um fator impulsionador.”

Para analistas, velocidade de contágio dos preços mudou

A velocidade do repasse da alta do dólar para os preços está cada vez mais alta, segundo analistas. Para eles, no passado, o repasse costumava chegar ao consumidor com um atraso de um a até dois meses, já que a indústria e o varejo trabalham com estoques. Além disso, o impacto era relativamente baixo, porque o câmbio respondia essencialmente a oscilações de preço das commodities.

Recentemente, porém, a percepção mudou. Embora não saibam precisamente qual é esse timing, os especialistas observam que a velocidade do repasse tem sido maior quanto mais rápido é o ritmo do ajuste do câmbio e mais alto se torna o preço da moeda norte-americana. Os motivos que sustentam a arrancada das cotações agora também são outros, afirmam. Eles citam sobretudo as perspectivas de mudanças na política monetária dos EUA e de desaceleração do crescimento da China, além das variações das commodities em menor escala. Por enquanto, o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, parecem minimizar o impacto do repasse do câmbio para os preços.

Cai participação de exportação no faturamento industrial

Agência Estado

A participação das exportações no faturamento da indústria caiu no primeiro trimestre de 2013. É o que aponta a pesquisa Coeficientes de Abertura Comercial, divulgada por volta das 11h30 da manhã desta quarta-feira, 15, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O coeficiente de exportação nos primeiros três meses deste ano alcançou 20,4%, o que representa uma queda de 0,2 ponto porcentual em relação ao último trimestre de 2012. Esse recuo interrompe a trajetória de recuperação do indicador, iniciada no 3º trimestre de 2010.

 

Segundo a CNI, a fraca demanda no mercado externo, a valorização do câmbio e a queda dos preços de produtos exportados são as principais causas da redução do indicador. “As medidas adotadas pelo governo para desoneração da indústria são insuficientes para contornar esse cenário e ainda adicionar ganhos de produtividade”, afirma o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela entidade.

 

Por outro lado, a participação dos produtos industriais importados no mercado interno bateu novo recorde. O coeficiente de penetração das importações registrou alta de 0,4 ponto porcentual no primeiro trimestre do ano na comparação com os últimos três meses de 2012, alcançando 22% de participação no consumo doméstico. Esse valor é recorde da série trimestre e o indicador está em alta desde o primeiro trimestre de 2010.

 

Para o economista da CNI, esse indicador evidencia a perda de competitividade dos produtos industriais nacionais frente aos importados. “A alta no coeficiente de penetração das importações ocorre mesmo em um cenário onde a economia brasileira apresenta menor dinamismo”, afirma Azevedo. A avaliação da entidade é que, se a economia brasileira voltar a crescer a taxas anualizadas mais elevadas, poderá haver maior aceleração no consumo de produtos importados, com aumento do coeficiente de penetração de importações.

 

De acordo com a pesquisa, a indústria extrativa é a que mais sente o acirramento da concorrência com os importados. A participação dos importados nesse segmento cresceu 2,2 ponto porcentual e registrou 47,2% no período. A indústria de transformação registrou 20,6% de participação de importados no mercado doméstico, uma alta de 0,3 ponto porcentual frente ao índice anterior.

Intermodal South America expõe cenário de mudanças e futuro promissor para a economia brasileira

A segunda maior feira do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior reuniu mais de 600 empresas representando 26 países e atraiu 48.500 visitantes…

PR Newswire do Brasil

SÃO PAULO, 12 de abril de 2013 /PRNewswire/ — Entre os dias 2 e 4 de abril de 2013 todas as atenções de quem acompanha os rumos da economia brasileira voltaram-se para a Intermodal South America 2013 – Feira Internacional de Logística, Transporte de Cargas e Comércio Exterior. Durante três dias, a 19ª edição do segundo maior evento do mundo para estes setores reuniu mais de 600 empresas representando 26 países e atraiu 48.500 visitantes, em grande parte embarcadores de carga.

“Quebramos recordes novamente. Além do aumento de 23% na área de exposição, tivemos 66 novos expositores e pavilhões da Alemanha, Bélgica, Holanda e Itália”, afirmou Joris van Wijk, diretor da UBM Brazil, empresa organizadora do evento.

Paralelamente à feira foram realizadas a Conferência InfraPortos, Rail Cargo 2013, Air Cargo South America 2013, Innovative Supply Chain 2013, além da 4ª Conferência de Logística Brasil-Alemanha.

O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, esteve na Intermodal e aproveitou a presença dos principais empresários e autoridades portuárias para falar de temas como a criação da “Hidrobras”, que será responsável pelos portos pluviais, hidrovias e eclusas, e esclarecer dúvidas sobre a Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos, que estabelece um novo marco regulatório para o setor. “Todo o investimento que será feito pelo governo brasileiro no sistema de infraestrutura do País terá uma conexão com a realidade internacional. Precisamos, por exemplo, aumentar a capacidade dos portos para acelerar a velocidade da movimentação da nossa carga, tornando-nos mais competitivos, o que será possível com a nova medida provisória. É uma ferramenta que vai auxiliar na padronização dos procedimentos, desburocratizando os processos”, destacou.

20 anos de Intermodal

A Intermodal, em 2014, acontecerá entre os dias 1 e 3 de abril, no Transamerica Expo Center, em São Paulo. A edição será especial, pois comemora o vigésimo aniversário do evento, o segundo maior do mundo para os setores de logística, transporte de cargas e comércio exterior. Acompanhe as novidades pelo site oficial: http://www.intermodal.com.br.

Conteúdo Empresarial – Comunicação Integrada

Tel.: (13) 3304.7437 / 3304.7438 / (11) 3079.6339

http://www.conteudonaweb.com.br

FONTE Intermodal South America

3º Anuário de Infraestrutura Aeroportuária da América Latina

Data do evento: 22/05/2013
Responsável: – airportinfraexpo@sators.com.br
Web site: http://www.airportinfraexpo.com.br
DDD+Telefone: 11 3032-5633
Cidade/Estado: São Paulo / SP

 

Saiba mais sobre o evento:

Após mais de dois anos do lançamento da Airport Infra Expo, principal feria na América Latina a reunir a cadeia de fornecedores de equipamentos e serviços para aeroportos, são perceptíveis as mudanças no sistema aeroportuário brasileiro. Concessões e novos aeroportos aumentaram a demanda por novos voos, aquecendo a expectativa de crescimento substancial do mercado, visto que novos complexos aeroportuários e destinos serão criados.

Além disso, o aumento da demanda interna mantém o ritmo surpreendente, com expansão de 10% ao ano, alavancado pela melhoria da economia brasileira e conseqüente acesso das classes B e C ao transporte aéreo.

Acrescenta-se a este cenário de contínuo crescimento o fato de o País ter definido um marco regulatório para o setor que evidenciou o interesse de grandes empresas aéreas e a potencialidade do mercado.

Com o precedente aberto pela Airport Infra Expo e pela sinergia entre as empresas evidenciou-se a necessidade de se criar um ponto de encontro e negócios para o setor de aviação comercial. Como se sabe, fornecedores de produtos e serviços para aeroportos, como ground support, tecnologia da informação, operações e manuseio de passageiros, comunicação, entre outros, mesclam-se com os fornecedores da cadeia de aviação comercial.

Era natural, portanto, aproximar a cadeia de aviação comercial dos expositores da Airport Infra Expo, agregando valor ao encontro, agora com foco no desenvolvimento de toda a cadeia de aviação e aeroportos do Brasil e da America Latina.

Data: 22 a 24/05/2013
Local: Transameria Expo Center

 

fonte: Portal NewsComex – Todos os direitos reservados

Economia brasileira inicia o ano em crescimento, mostra índice do Banco Central

A economia brasileira iniciou o ano em crescimento. Em janeiro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ajustado para o período (dessazonalizado), divulgado nesta sexta-feira pela instituição, apresentou expansão de 1,29% na comparação com dezembro de 2012. Esse é o maior percentual de crescimento, nesse tipo de comparação, desde janeiro de 2004, quando a alta, em relação a dezembro de 2003, chegou a 1,99%.

De acordo com os dados revisados, em dezembro comparado com novembro do ano passado, houve queda de 0,45% no IBC-Br.

Na comparação entre janeiro deste ano e o mesmo mês de 2012, houve crescimento de 3,84%, de acordo com o dado sem ajustes para o período, considerado o mais adequado para esse tipo de comparação. Em 12 meses encerrados em janeiro, a atividade econômica apresentou expansão de 0,84% (sem ajustes).

O IBC-Br é uma forma de avaliar e antecipar a evolução da atividade econômica brasileira. O acompanhamento do IBC-Br é considerado importante pelo Banco Central para que haja maior compreensão da atividade econômica. Esse acompanhamento também contribui para as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), responsável por definir a taxa básica de juros, atualmente, em 7,25% ao ano. (Fonte)

Brasil é o país com menor importação

Estadão Conteúdo

 

O Brasil é o país que menos importa no mundo, como proporção do seu PIB. Os dados são do Banco Mundial, e mostram como a economia brasileira é fechada, apesar das reclamações de empresários sobre a concorrência externa.

 

Em 2011, segundo o Banco Mundial, o Brasil teve exportações de bens e serviços equivalentes a 13% do PIB. Numa lista de 179 países, o Brasil é o que tem a menor relação entre importações e PIB. A grande maioria dos dados é de 2011, mas, no caso de alguns países, o dado é de anos anteriores (de 2007 a 2010).

 

No grupo dos Brics, por exemplo, a China tem importações de produtos e serviços de 27% do PIB, a Índia de 30% e a Rússia de 21%. Entre as principais economias da América Latina, o México tem importações correspondentes a 32% do PIB, a Argentina a 20% e a Colômbia a 17%. Mesmo os Estados Unidos, que são a maior e mais diversificada economia do mundo, apresentam uma proporção de importações sobre o PIB de 16%, maior do que a brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Exportadores comemoram a prorrogação do Reintegra

Benefício fiscal, que compensa a cobrança de tributos residuais sobre as exportações
de manufaturas, favorece a competitividade da economia brasileira

aaaacniA prorrogação do Reintegra é mais um passo para equilibrar as condições de competição da indústria brasileira com a de outros países. O programa, que terminaria em 31 de dezembro, prevê a devolução de 3% do faturamento com exportações de manufatura para compensar a cobrança de tributos residuais pagos ao longo da cadeira produtiva.

A manutenção do benefício em 2013, anunciada pelo governo, ajudará a elevar a competitividade da indústria brasileira, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Esse instrumento permite que os exportadores recuperem os resíduos tributários que não são recuperáveis dentro dos mecanismos tradicionais de crédito, como o ISS e o IOF. É importante porque desonera o insumo da indústria”, diz o , gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco.

A recuperação tributária reduz o preço dos produtos manufaturados e é essencial diante de um mercado externo adverso e cada dia mais competitivo. O Reintegra diminui a tributação sobre as empresas, gera empregos e favorece o desenvolvimento do país.

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Governo brasileiro defende fortalecimento do Mercosul para destravar comércio com a Argentina

Brasília – O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, defendeu no dia 19 de junho (terça-feira), a maior integração dos países do Mercosul para aperfeiçoar as relações entre os parceiros do bloco econômico, principalmente o comércio do Brasil com a Argentina.

“Nós temos várias críticas públicas, mas a solução para o comércio entre Brasil e Argentina é o fortalecimento do Mercosul. É a realidade da economia brasileira e das economias do continente. A nossa competição não é entre Brasil e Argentina, Brasil e Uruguai ou entre Brasil e Paraguai. Sofremos competição asiática com preços baixos, que tem afetado a indústria brasileira e que desmontou indústrias argentinas”, comentou Teixeira na audiência pública promovida pelo Senado Federal para debater alternativas que possam destravar as relações comerciais entre Brasil e Argentina.

Teixeira admitiu que houve queda no comércio com a Argentina, que atribuiu ao momento de instabilidade da economia mundial. “É verdade que nós, nos primeiros quatro meses do ano, tivemos uma queda expressiva do comércio bilateral, mas é importante ressaltar que o advento dessa queda não é responsável pelo trancamento do comércio bilateral, é resultado da crise internacional que assola a economia”.

Para o secretário executivo, “se existe integração e volume de comércio, há problemas”, ao comentar as barreiras impostas pelo país vizinho à entrada de produtos brasileiros. Segundo ele, as conversas têm sido permanentes para aperfeiçoamento dessa relação comercial. Uma nova reunião entre os governos brasileiro e argentino está marcada para a próxima semana, em Buenos Aires.

“Da forma como foi construído o Mercosul, não existe desenvolvimento industrial brasileiro sem parceria com a Argentina, que é o nosso maior mercado de exportação e importação. É importante ressaltar que o desempenho e crescimento da economia argentina são muito importantes para economia brasileira”, destacou o secretário executivo.

Desde fevereiro, está em vigor um mecanismo de licença prévia de importação imposto pela Argentina. Na prática, uma medida que burocratiza a liberação de cargas, atrasa os embarques e prejudica vários setores exportadores do Brasil.| Luciene Cruz/ABr

FONTE: PORTAL FATOR BRASIL

FedEx compra Rapidão Cometa

A companhia americana FedEx, gigante de entregas e logística presente em 220 países e territórios, com faturamento de US$ 42 bilhões, comprou a pernambucana Rapidão Cometa, uma das maiores do Brasil na área, com faturamento estimado em R$ 1 bilhão para 2011 e capacidade de atingir 5.300 localidades no País. A aquisição foi divulgada na terça pela FedEx, única a comentar o negócio, ainda que tenha detalhado pouco a compra. Segundo ela, haverá integração dos negócios em um período de 18 a 24 meses.

No comunicado sobre a compra, o presidente da FedEx Express América Latina e Caribe, Juan N. Cento, fala sobre o potencial da economia brasileira e da área de logística. Segundo ele, a aquisição de um dos maiores fornecedores em soluções de logística no Brasil vai possibilitar a oferta de um portfólio mais abrangente no País, incluindo transporte aéreo internacional expresso e serviços de maior valor agregado, como cadeia de suprimentos e soluções logísticas.

Mas as oportunidades não estão apenas em negócios novos. O atual portfólio da pernambucana já enche os olhos. A Rapidão Cometa está à frente de um terminal alfandegado em Suape, com posto da Receita Federal, uma unidade que até o ano passado movimentava 670 mil toneladas por mês. Sem contar os segmentos tradicionais, de transporte expresso e soluções de logística integrada de carga, trabalhando por chão e pelo ar.

A pernambucana faturou R$ 864 milhões em 2010 e, para o ano passado, estimava R$ 1 bilhão.

Do outro lado, o da compradora, os números são ainda mais impressionantes. Tanto assim que a FedEx chegou ao Brasil primeiro pelo cinema, aparecendo em filmes como O Náufrago, com Tom Hanks, onde o protagonista, um funcionário da empresa, fica preso em uma ilha com uma encomenda lacrada e, apesar do isolamento, não viola o pacote.

Essa empresa de classe mundial reparou na pernambucana em 2001, quando ambas fecharam acordo para a Rapidão Cometa ser a representante brasileira da multinacional. Na época, era só um contrato operacional.

Até ali, a FedEx já tinha feito várias aquisições, mas sua grande marca era justamente esse lado operacional, como a entrega em um único sábado de 250 mil cópias de um livro: era o dia de lançamento do livro Harry Potter e o Cálice de Fogo e os fãs esperavam ávidos por seus exemplares, comprados à Amazon, um grande desafio logístico.

Outra sacada foi uma parceria público-privada com o US Postal Service, os “Correios” dos Estados Unidos, consolidando sua posição no mercado norte-americano.

Os anos passaram e, para manter o crescimento forte, a gigante começou as aquisições e a apostar ainda mais alto nos mercados emergentes. Foi assim que, apesar do mundo em crise, ela bateu 13% de avanço em 2011.

A companhia vinha com um olho na Ásia e outro nas Américas. Ano passado, comprou uma empresa indiana e outra no México. Este ano, depois de uma longa preparação, levou uma brasileira.

FONTE: JORNAL FLORIPA

USDA: rebanho brasileiro aumenta 3% e exportações crescem 4% em 2012

O relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado em 1o de março sobre o setor pecuário brasileiro manteve a estimativa de produção de carne bovina em 2012, mas revisou para cima as exportações, refletindo as novas estimativas feitas pelas fontes comerciais. O relatório também revisou a estimativa de 2011 para incluir dados finais de importação e exportação.

Embora de forma geral a demanda doméstica por carne bovina tenha suportado a expansão na produção no ano passado, fontes comerciais acreditam que um consumo doméstico sustentado, combinado com uma recuperação nas exportações, contribuirá para uma produção maior nesse ano.

Rebanho

O USDA prevê um aumento de 3% no rebanho bovino em 2012, principalmente devido ao suporte financeiro para reconstrução de rebanho, melhoramento genético, melhorias de pastagens e preços sustentados do boi. Dessa forma, o rebanho bovino brasileiro deverá alcançar quase 204 milhões de cabeças até o final do ano.

O USDA revisou para cima a previsão de exportações de gado em 2012, com maiores envios esperados para Venezuela e Suriname, devido aos preços competitivos. Apesar da queda nas exportações de boi de quase 38% em 2011, a indústria brasileira de frigoríficos oficialmente enviou ao Governo Federal em 31 de janeiro de 2012 um requerimento para uma tarifa de exportação de 30% sobre as vendas de boi em pé.

Carne bovina

A previsão foi de um aumento na produção de carne bovina de 2% em 2012 devido aos seguintes fatores: a) maiores exportações; b) crescimento contínuo na demanda doméstica por carne bovina, à medida que a economia brasileira deverá crescer em 2012 a uma taxa de 3,3%; e c) maior poder de compra dos consumidores, que levará ao maior consumo de proteína animal.

As exportações de carne bovina deverão aumentar 4% em 2012, à medida que os exportadores brasileiros estão otimistas com as recuperações em suas exportações à Rússia, apesar da lenta aprovação das plantas brasileiras. Eles também estão otimistas com as vendas a outros mercados, como Egito, China, Chile, Cuba, Iraque e Marrocos.

Apesar da crise financeira na União Europeia (UE), os exportadores também esperam aumentar as exportações a esses mercados, porque mais fazendas brasileiras estão registradas no programa de rastreabilidade da UE (lista Traces) devido à maior flexibilidade da Normativa # 61 pela UE, que fornece as informações sobre o programa de rastreabilidade do Brasil. Além disso, os exportadores também esperam uma contínua recuperação nas exportações de carne bovina processada aos Estados Unidos.

Os dados revisados desse relatório incluem dados finalizados de importação e exportação de 2011.

Nota: as diferenças entre os dados de exportação reportados pelas fontes comerciais brasileiras e esses usados pelo USDA são devido ao uso de diferentes fatores de conversão. As fontes brasileiras usam um fator de 2,5% para conversão de carne bovina processada em Pesos Equivalentes Carcaça (CWE, sigla em inglês), enquanto o USDA usa 1,79. O mesmo se aplica para carne bovina sem osso, onde o USDA usa 1,40 como fator de conversão, enquanto as fontes comerciais brasileiras usam 1,36. Além disso, e segundo das instruções de relatório do Serviço Agrícola Externo (FAS), os miúdos não foram incluídos.

Fonte: Global Agricultural Information Network (GAIN), Foreign Agricultural Service (FAS), USDA.