Soluções em logística voltam ao debate

Representante da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegários falou sobre o evento na Fiec

O V III Seminário SEP de Logística, que acontecerá de 20 a 23 de novembro no Centro de Eventos do Ceará, está sendo visto por empresários e governantes como uma grande oportunidade para que os setores público e privado se unam em torno dos problemas mais críticos de logística do Brasil e formulem um cronograma de providências para os principais gargalos.

Seminário busca despertar consciência dos gestores e ampliar a competitividade
FOTO: KID JÚNIOR

Durante o evento, promovido pela Secretaria Especial dos Portos (SEP), representantes dos governos federal, estadual, municipal, e do setor de transporte de carga e logística, discutirão as ações que estão sendo realizadas atualmente e as que estão previstas para melhorar a infraestrutura.

Para o superintendente do Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Eduardo Bezerra, o seminário será fundamental para despertar a consciência dos gestores públicos e do empresariado brasileiro no que se refere a problemas logísticos, que contribuem para que o País não seja mais competitivo.

Embora lembre que a logística não está ligada apenas ao transporte de cargas, já que envolve processos que vão da produção ao destino final das mercadorias, Eduardo Bezerra destaca que o transporte é o mais importante. “Não adianta pensarmos em diversificar nosso mercado se ainda temos grandes entraves na área de logística”, afirma.

Ele aponta três problemas comuns em todo o território nacional. O primeiro está ligado à situação das rodovias, que encarece o transporte rodoviário. Depois, Eduardo Bezerra cita a inexistência de um transporte ferroviário eficiente. Por último, fala da logística dentro dos próprios portos. “A burocracia nos portos também é grande. Enquanto na China movimenta-se cinco documentos, no Brasil são nove”, diz

Além do seminário, será realizada, no mesmo período, a V Expolog – Feira Nacional de Logística, em que para que empresas apresentem produtos e serviços. Ontem, organizadores do V III Seminário SEP de Logística se reuniram, em almoço na Fiec, com representante da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegários (ABTRA), parceira no evento.

Rumo Logística e ALL divergem publicamente sobre contrato em vigor

Parceiros econômicos, a Rumo Logística, atuante no açúcar, uma divisão da Cosan, e a ferrovia América Latina Logística – ALL trazem a público as divergências internas. Tudo estaria relacionado a questões de volumes e capacidades. A ALL entrou com ação na Justiça com pedido de liminar, a fim de obrigar o cliente a cumprir regras do contrato mantido desde 2009. Por sua vez a Cosan afirma que o pedido foi negado e a ALL é que não cumpre o contrato, priorizando grãos em vez do açúcar. Na tréplica, a ALL nega a prioridade, mas confirma restrições de capacidade.

Operadoras de logística ampliam serviços oferecidos em sites

As empresas de logística estão ampliando os serviços oferecidos aos clientes, via sites. Além do rastreamento on-line de mercadorias, os endereços eletrônicos das operadoras fornecem faturas e comprovantes de entrega de cargas. Nos próximos meses, a meta é oferecer facilidades como indicadores de performance de terminais portuários e agendamento de contêineres vazios para a inclusão de novas mercadorias. Para Fernando Arbache, professor de logística da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Fundação Dom Cabral (FDC) e HSM, as páginas precisam também ter informações como preços dos serviços e condições do trânsito em tempo real.

A Terra Master, empresa santista de transporte rodoviário, vai oferecer o rastreamento on-line de cargas, no site da empresa, a partir de 2014. “Com uma senha, o usuário poderá, do seu escritório, localizar o pedido feito”, diz o diretor Thiago Veneziani. “A facilidade permite ainda que o cliente se planeje para receber as mercadorias”.

Segundo Veneziani, que já investiu R$ 15 mil no endereço eletrônico, o serviço não será cobrado. A oferta de localização já existe na empresa, mas por meio do envio de e-mails sobre o status das encomendas. A Terra Master opera no Porto de Santos (SP) e, por meio de parcerias, em Itajaí e Navegantes (SC).

A Santos Brasil, de movimentação de contêineres e logística, dispõe de rastreamento on-line para clientes há dez anos, segundo o diretor comercial Mauro Salgado. A empresa investiu cerca de R$ 3 milhões no endereço eletrônico, nos últimos anos, sem incluir despesas de link de dados. Estão programadas outras facilidades no site, como indicadores de performance de terminais portuários para cargas transacionadas e um sistema de agendamento de contêineres vazios para a inclusão de mercadorias. “Vamos ter ainda serviços de agendamento de ferrovias, para o recebimento de contêineres enviados pelo modal, e de exportação de cargas gerais”.

Este mês, a operadora começou a operar com scanners de raio X, com capacidade de penetrar até 300 milímetros de aço, para verificar o conteúdo de contêineres sem a necessidade de abri-los. A ideia é agilizar o fluxo de cargas nos terminais e ganhar mais eficiência na fiscalização das mercadorias. A empresa investiu cerca de R$ 20 milhões na nova tecnologia.

Segundo Keley Lopes, gerente de marketing da mineira Rodoviário Camilo dos Santos, que atua na região Sudeste há 30 anos, além do acompanhamento de cargas em tempo real, os clientes podem usar o site corporativo para obter faturas e comprovantes de entrega, no mesmo dia da operação. A maioria dos clientes da empresa é dos segmentos de cargas fracionadas de roupas, calçados, autopeças e medicamentos.

Para o professor Fernando Arbache, a “roteirização” de veículos vem se tornando uma commodity para as empresas por conta da popularização de aplicativos de mapas para smartphones e computadores, equipados com GPS. “Mas os serviços precisam ter dados como preços, mais facilidade de uso em múltiplas plataformas, além de atualização contínua e em tempo real do trânsito”, diz.

O especialista afirma que as operadoras devem priorizar também aportes na simulação dos trajetos. “Isso traz um melhor conhecimento dos roteiros, antes que o veículo de carga saia da empresa”, diz. Arbache lembra que os serviços de rastreamento também estão se tornando mais populares e baratos.

Recursos gratuitos de localização pessoal, como o Find my iPhone, criado pela Apple, já são usados por operadores logísticos. “Ainda existem restrições de cobertura, mas é um modelo atrativo, a médio prazo, quando analisamos custo, funcionalidade e o crescimento da infraestrutura de telefonia móvel”.

A UnepxMil, com sede em São José do Rio Preto (SP), fornece rastreamento de veículos e embarcações, por meio de pagamento de taxa mensal. O serviço é baseado em aparelhos embutidos nos veículos, que emitem sinais de GPS ou GPRS (transferência de dados por rádio). O sistema mostra os deslocamentos em tempo real e cria uma “cerca eletrônica” – se o motorista ultrapassar os limites previstos, a central de monitoramento avisa a empresa.

Fonte: Valor Econômico/Jacílio Saraiva | Para o Valor, de São Paulo

Caravana de produtores conhece logística de exportação portuária

Produtores do Cone Sul do estado de Rondônia e noroeste do Mato Grosso visitaram a Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph) no último sábado (31). Além de ver de perto a estrutura portuária, eles também conheceram a logística de exportação e importação e como o Porto Organizado contribui para a economia do estado.

 

A caravana foi iniciativa da FMC (“Fazendo Mais Pelo Campo” ) Agricultural Products – fabricante de defensivos agrícolas – e teve como propósito apresentar aos produtores rurais o trajeto da soja – que utiliza o corredor noroeste de exportação – rota de escoamento da produção de grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia, através das hidrovias formadas pelos rios Madeira e Amazonas.

Durante a visita, o diretor- presidente da Soph, Ricardo de Sá Vieira, destacou a agilidade do Porto da Capital na liberação de cargas. Sá também ressaltou as vantagens do modal hidroviário.

“Um comboio de balsas que transporta 20 toneladas de soja e segue pela Hidrovia do Madeira, por exemplo, equivale a 727 carretas bitrens nas rodovias, considerando que cada uma delas transporte uma carga de 55 toneladas de grãos. Sem contar que o frete hidroviário é 50% menor que o rodoviário, enfatizou o secretário.

Os visitantes tiveram ainda uma palestra, in loco, com o técnico operacional do Departamento de Fiscalização e Operação da Soph, Marcos Reis, que explicou como funciona o Porto Organizado e a importância da Hidrovia do Madeira.

O agricultor Gilmar Vassati, que cultiva soja e arroz no Mato Grosso, visitou um porto pela primeira vez. “Gostei de conhecer a estrutura. O que o agricultor precisa é desses investimentos para escoar o produto”, disse.

Participaram da comitiva o secretário estadual de Agricultura (Seagri), Evandro Padovani, o secretário adjunto da mesma pasta, Adilson Júlio Pereira e o secretário adjunto de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Francisco de Sales Oliveira dos Santos.

Autor: Isis Capistrano / Josi Gonçalves
Foto: Isis Capistrano
Fonte: Assessoria Soph

Porto de Paranaguá sofre com gargalos logísticos

Líder na exportação de grãos e importação de fertilizantes, o Porto de Paranaguá é uma das áreas mais atraentes a investimentos necessários para zerar o déficit na capacidade de movimentação de cargas que prejudica o comércio exterior brasileiro. Porém os gargalos impedem os avanços desses projetos.

Para que o porto consiga avançar e agilizar os investimentos nos 25 terrenos que poderão se licitados pelo governo na reforma portuária, 20 deles de áreas novas, melhorias na gestão terão que ser cobradas e a burocracia terá que se menor ao logo dos processos de aprovação de empreendimentos.  Só na parte de grãos, um de seus principais motores de crescimento, o porto opera com déficit de 30% na oferta de capacidade.

O membro da do Conselho de Autoridade Portuária de Paranaguá, Luiz Fayet, explica que há momentos em que os usuários têm de fazer “vaquinha” para resolver os problemas. Na semana passada 86 navios estavam à espera de vaga, e para 30 a 35 deles o problema era exatamente a falta de capacidade de recepção no porto.

 

Fonte: Guia Marítimo

Eike depende de BNDES para vender empresa de logística

Para que possa vender o controle do porto do Açu para o fundo americano EIG, o empresário Eike Batista vai precisar contar com a boa vontade do BNDES.

A Folha apurou que uma das condições para o negócio ser fechado é que todas as dívidas de curto prazo da empresa estejam equacionadas.

O banco estatal emprestou R$ 518,6 milhões à LLX, empresa que está construindo o porto do Açu, em São João da Barra, no Rio. Esse empréstimo, que vai a R$ 546,3 milhões contando os juros, vence em setembro.

A LLX informou que está em “negociações avançadas” com o BNDES para rolar a dívida, mas não quis comentar os detalhes do acordo com a EIG. O BNDES e a EIG não deram entrevista.

A empresa também deve R$ 813,1 milhões ao Bradesco (ou R$ 851,3 milhões com juros). Desse total, R$ 467,7 milhões venceram em abril, mas o banco postergou o pagamento para outubro de 2014 — um prazo de 18 meses, o que levou a dívida a deixar de ser de curto prazo (12 meses).

Outro empréstimo, de R$ 345,2 milhões, vence em fevereiro de 2014.

A EIG e a LLX assinaram um termo de compromisso para que o grupo americano injete R$ 1,3 bilhão na empresa via aumento de capital.

Os americanos insistem que o dinheiro precisa ser usado nos pesados investimentos exigidos para terminar as obras do porto do Açu. Daí a necessidade de resolver as dívidas de curto prazo.

Desde o início da construção do porto até agora, a LLX já investiu R$ 2,8 bilhões. A empresa não divulga o quanto ainda precisa gastar para terminar as obras. A previsão era investir R$ 4 bilhões até 2014, mas o plano de negócios está sendo revisto.

Para analistas, rolar as dívidas de Eike para permitir que suas empresas encontrem comprador é a melhor opção para os bancos. O movimento evita que esses valores sejam considerados prejuízos pelas instituições.

O grupo EBX enfrenta uma profunda crise de credibilidade, que derrubou o valor das ações e secou seu crédito.

Eike está vendendo suas empresas para pagar dívidas. Já passou o controle da MPX (energia) para a alemã E.ON e tenta vender MMX (mineração) e OGX (petróleo).

CAIXA

Outro credor-chave da LLX é a Caixa, que emprestou R$ 750 milhões à empresa em setembro último, quando a crise do grupo de Eike dava os primeiro sinais.

A Caixa coordenou uma emissão de debêntures (dívida) da LLX com vencimento em 15 anos. Segundo a Folha apurou, o banco subscreveu a totalidade dos papéis.

A LLX não divulga quem comprou as debêntures. A Caixa tampouco comentou.

Com os juros e a amortização, a dívida da empresa de logística de Eike com a Caixa chega a R$ 829,7 milhões.

Mas, por se tratar de dívida de longo prazo com carência de três anos para começar a pagar os juros, não interfere no negócio com a EIG.

Fonte: Folha de São Paulo/RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

1º Seminário Nordestino de Logística – Os Desafios do Futuro

Data do evento: 15/04/2013
Responsável: – anelog@anelog.com.br
Web site: http://www.anelog.com.br
DDD+Telefone: (81) 34327507 ou (81) 91071169 / 94633475
Cidade/Estado: Olinda / PE

 

Saiba mais sobre o evento:

Serviço:
1º SEMINÁRIO NORDESTINO DE LOGÍSTICA – OS  DESAFIOS DO FUTURO
Data:
 15/04/2013
Horário: 9h às 18h
Local: Centro de Convenções de Pernambuco- Recife -PE
Valor da Inscrição: Sócios da ANELOG R$ 150,00, NÃO SÓCIOS: R$ 300,00
As inscrições serão realizadas pelo site da ANELOG: http://www.anelog.com.br  ou email anelog@anelog.com.br onde o interessado solicitará a ficha de adesão
Telefone: (81) 34327507 ou (81) 91071169 / 94633475

PROGRAMAÇÃO:

9 às 09h30 – ABERTURA
9h30 às 10h30 – Palestra: MOBILIDADE LOGÍSTICA – Fernando Castelão – Diretor de Logística da Coca-Cola
10h30 às 11h – Intervalo – Networking
11h às 12h – Palestra: Otimizando a Logística com RFID – Gustavo Caldas Filho – diretor da VC2ti
12h às 12h30 – Debates e Networking
12h30 às 14h30 – Almoço
14h30 às 15h30 – Palestra: O Potencial Logístico do Nordeste – Marcílio Cunha – Consultor em Logística e professor Universitário
15h30 às 16h00 – Intervalo e Networking
16h30 às 17h30 – Palestra: Qualidade nos Serviços de Logísticas – Fator de Diferenciação – Fernando Trigueiro – Presidente da ANELOG – Associação Nordestina de Logística
17h30 às 18h – Encerramento
18h – Visita à FORIND – 5º FEIRA de Fornecedores Industriais – Pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco

Postado por: NewsComex – Comércio Exterior e Logística

ALL aposta na infraestrutura para crescer neste ano

Os principais setores responsáveis por esta expansão são o de celulose, combustível e contêineres, além de novas logísticas onde a empresa ainda não atua, como o biodiesel.

A América Latina Logística (ALL) estima que seu crescimento industrial será suportado por projetos que desenvolvam a infraestrutura para ampliar a participação juntos aos principais clientes. De acordo com Eduardo Fares, diretor de produtos industrializados, os principais setores responsáveis por esta expansão são o de celulose, combustível e contêineres, além de novas logísticas onde a empresa ainda não atua, como o biodiesel.

O mercado nacional de combustíveis no Brasil teve um crescimento acima do PIB em 2012, com um aumento de 6,5% no consumo, contra um PIB 0,9% maior. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento da frota de veículos leves e caminhões e também por uma maior modernização no setor agrícola. Com a ampliação no consumo, as refinarias brasileiras chegaram ao limite da capacidade de refino, obrigando o país a intensificar a importação de diesel e gasolina (em 2010 foram 0,5 bilhões de litros e em 2012 foram 3,7 bilhões de litros). A expectativa é que, nos próximos anos, o Brasil importe 29% de todo o combustível que consome.

Neste cenário, a ALL vem desenvolvendo parcerias estratégicas que colocam a ferrovia como a principal alternativa logística para a importação de combustíveis. Em parceria com a Cattalini Terminais Marítimos, a empresa inicia em abril a movimentação de combustíveis a partir do Porto de Paranaguá com destino a Curitiba, Maringá, Londrina e Guarapuava, no Paraná, além de Passo Fundo (RS) e Ourinhos (SP).

“O projeto deve contribuir para o abastecimento de combustíveis no interior, hoje feito principalmente por dutos e pelas rodovias, modais que já estão saturados”, diz Luís Gustavo Vitti, gerente da Unidade de Líquidos da ALL.

Já o mercado de contêineres é considerado o mais promissor para o setor ferroviário. Por meio da subsidiária Brado Logística, a ALL receberá o aporte de mais de 1,9 mil vagões plataformas e a aquisição de 30 locomotivas dedicadas ao transporte de contêineres. Com estes investimentos, a expectativa da ALL é de crescer mais de 40% com relação ao ano passado na área de contêineres e aumentar para 12% a participação do mercado nos próximos três anos.

Além disso, a companhia trabalha tem projetos em operação com a Fibria e, para 2015, com a Klabin. Os projetos somam juntos mais de três milhões de toneladas/ano. Esse volume deve representar, em 2015, 19% de toda a produção nacional e 27% da exportação de celulose brasileira.

“A solução ferroviária para esse produto tem sido fundamental para a viabilidade da execução de novos projetos fabris longe dos portos. Por isso, as grandes produtoras estão buscando a ALL para participar do desenvolvimento dos seus novos projetos, como foi o caso da Fibria e da Eldorado”, revela o gerente de Industrializados da ALL, Guilherme Caetano.

Fonte:Brasil Econômico

Falta de logística e burocracia atrasam transporte de cargas aéreo no Brasil

Tempo médio de liberação dos produtos é de 175 horas no Brasil.
Nos EUA, são seis horas, e, na China, só quatro horas de espera.

A falta de logística e a burocracia no transporte de cargas aéreas fazem com que a liberação de produtos demore até uma semana.

No comércio exterior, só viajam de avião mercadorias de primeira classe.  No Brasil, menos de 1% do comércio exterior é feito por aviões, mas essas mercadorias representam mais de 10% do valor total. Só chegam aos aeroportos produtos caros e que precisam ser entregues com urgência.

Nos aeroportos brasileiros, porém, a pressa perde para a burocracia. Um estudo divulgado nesta terça-feira (2) pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro mostra que, em cinco aeroportos com grande volume de carga, o tempo médio de liberação dos produtos é de 175 horas, mais de uma semana.

A espera parece ainda mais longa se comparada com outros aeroportos do mundo.  Em Londres, a carga é liberada em oito horas; nos Estados Unidos, seis horas, e, na China, só quatro horas de espera.

Para os especialistas, uma solução simples seria aumentar o horário de funcionamento de órgãos como a Receita Federal. “Aqui no Brasil, as autoridades que precisam liberar os produtos trabalham durante apenas o expediente. Muitos departamentos só trabalham seis horas por dia, de segunda a sexta, e, no mundo todo, trabalha 24 horas, sete dias por semana”, afirma Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan.

“O governo trabalha para que a escala de trabalho seja adequada às necessidades de importação e exportação de produtos, carga e descarga de produtos e de passageiros, 24 horas por dia”, diz Moreira Franco, secretário nacional da Aviação Civil.

O setor farmacêutico é o mais prejudicado. Uma carga de remédios de R$ 35 milhões paga R$ 287 mil no aeroporto do Rio de Janeiro, 40 vezes mais do que o custo no aeroporto de Cingapura, um dos mais ágeis do mundo.

“Se isso é agravado por armazenagem, perdas, atrasos, estocagens desnecessárias, muitas vezes o produto acabado tem um custo muito elevado no preço final que chega ao consumidor”, afirma Carlos Fernando Gross, presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro.

A Receita Federal informou que existe um plantão de despacho de carga 24 horas apenas para produtos perecíveis. Declarou ainda que a demanda pelo serviço de liberação de mercadorias em tempo integral é pequena.

fonte: G1

Fórum de Transporte e Carga debate logística em MT

Da Redação

As questões relacionadas às condições trabalhistas e de cargas no setor de transporte em Mato Grosso foram debatidas hoje (19) pela manhã, durante reunião do Fórum de Transportes e Cargas, sob a coordenação da deputada Luciane Bezerra (PSB). A abertura do fórum foi feita pelo deputado Wagner Ramos.

De acordo com a parlamentar, o objetivo é adequar as propostas de diversas entidades e órgãos que contribuam para a melhoria do setor. A reunião teve como base, demandas registradas na malha viária estadual e federal, observadas por Luciane Bezerra, durante uma visita feita, na semana passada, à base da América Latina Logística (ALL) em Rondonópolis, sul do estado.

A empresa tem feito a expansão da ferrovia em Mato Grosso com a possibilidade de atender as demandas dos produtores na região norte do estado. Entre as demandas, a melhoria na prestação de serviços aos caminhoneiros, que fazem o transporte da produção agrícola até o terminal da ALL, em Rondonópolis e Alto Taquari.

No entanto, a deputada disse que o foco do fórum é promover discussões sobre as questões ligadas ao setor logístico e de infraestrutura nos moldais no estado. E neste caso, um estudo apresentado pelo Diretor Executivo de Projetos de Logística, Edeon Vaz Ferreira, mostra que Mato Grosso ainda não superou o desafio de solucionar os problemas nas estradas federais e estaduais.

O estado que mais produz no Brasil é também o que tem o frete de sua produção mais caro do país. Segundo as estatísticas apresentadas por Edeon Vaz, somente em fevereiro de 2013, as empresas de transportes e cargas pagaram 56% de frete em relação ao mês passado.

O fórum defende a conclusão de todas as obras de infraestrutura em andamento no estado. Conforme os estudos, Mato Grosso pode reduzir os custos do frete por meio de melhorias dos modais, ferroviário e hidroviário, mantendo um número reduzido de caminhões trafegando pelas rodovias. Isso, segundo os representantes propicia qualidade de vida e renda ao estado de Mato Grosso.

As questões também foram abordadas pelo Chefe de Serviços do DNIT, Orlando Fanaia Machado que representou o superintendente do órgão, Luiz Antônio Garcia.

De acordo com Orlando Fanaia, o DNIT tem feito o trabalho funcional de recuperação da malha viária em diversas regiões do estado com a finalidade de atender as demandas do setor. “São várias ações que estão sendo feitas nas rodovias federais que contribuem para a melhoria dos serviços no setor do transporte”, disse Orlando.