Porto de Paranaguá registra alta de 40% nas exportações de granéis no primeiro bimestre

As exportações de granéis pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá registraram um aumento de 40% no primeiro bimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Entre janeiro e fevereiro, foram exportados pelo Porto de Paranaguá dois milhões de toneladas de soja, farelo de soja, trigo e açúcar.

Considerando apenas a carga de soja, a movimentação no bimestre foi de 780 mil toneladas, volume quatro vezes superior ao registrado em 2011. As exportações de farelo, que também totalizaram 780 mil toneladas, representaram alta de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o superintendente dos Portos do Paraná, Airton Maron, o aumento da movimentação nos portos paranaenses é constante e exige que o porto se adéqüe para atender a demanda. “O crescimento na demanda de exportações vai ser cada vez maior porque a produtividade no campo cresce a cada dia. É nossa obrigação nos prepararmos para atender este crescimento de agora e para os próximos anos”, disse.

O Mato Grosso, o maior produtor de soja do país e de onde vem mais de 25% da soja exportada pelo Porto de Paranaguá, está prevendo uma alta de 8% na safra de soja de 2011/2012. A previsão é de uma produção de 22 milhões de toneladas de soja. Até agora, já foram colhidas mais de 50% do volume plantado, de acordo com dados do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea).

Já no Paraná, de onde vem cerca de 50 % da soja exportada por Paranaguá, mesmo com a quebra de safra na casa dos 23%, o estado terá a quarta melhor safra de grãos da história do Estado, de acordo com dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e de Abastecimento (Seab).

Para o diretor do Deral, Otmar Hubner, os agricultores estão aproveitando o bom momento do preço da saca de soja para vender os produtos, o que pode explicar o aumento nas exportações. “A saca está custando, em média, R$ 45,50, contra os R$ 42 registrados em janeiro”, disse.

Fonte: Export News

Saldo comercial de cooperativas de Mato Grosso cresce 184% em janeiro

Cooperativas mato-grossenses registraram saldo de US$ 19,352 milhões na balança comercial em janeiro
FONTE: A Gazeta

 

No primeiro mês deste ano, os produtos exportados pelas cooperativas movimentaram US$ 22,269 milhões, 224,82% a mais que em janeiro de 2011, quando o resultado das exportações correspondeu a US$ 6,856 milhões, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic).

Apesar da queda de 34,23% na quantidade de produtos embarcados, a elevação dos preços garantiu o saldo positivo de US$ 15,413 milhões logo no início de 2012. Para o mercado externo foram enviadas 16,196 mil toneladas de produtos este ano, contra 24,626 mil em janeiro de 2011.

 

Em comparação com o ano passado, o preço médio dos produtos valorizou 393,88%, variando de US$ 0,28 (kg) para US$ 1,37 (kg). Números indicam que existem mercados disponíveis para aumentar as exportações das cooperativas mato-grossenses, na avaliação do economista Amado de Oliveira Filho.

As importações acompanharam o movimento ascendente no mês passado, subindo 6.628% em comparação com igual período de 2011, ao movimentar US$ 2,916 milhões, ante os US$ 43,350 mil do ano passado.

 

Foram adquiridos do mercado externo 6 mil toneladas de produtos, contra 150 toneladas em 2011, um aumento de 3.900%. Importados são, na maioria, insumos para atividade agrícola, principalmente fertilizantes, lembra o conselheiro da Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Mato Grosso (OCB), João Luiz Pessa.

Crescimento nas importações, explica Pessa, está relacionado ao aumento da produção agrícola. Observa que as cooperativas mato-grossenses se diferenciam daquelas localizadas em outras regiões do país, se caracterizando como cooperativas de serviços, apoiadas pela infraestrutura mantida pelos próprios produtores. “Aqui os produtores se reúnem para vender e comprar os produtos a preços melhores”.

Representante da Cooperativa de Cotonicultores de Campo Verde (Cooperfibra), Carlos Alberto Menegatti, informa que as exportações pela cooperativa no mês passado suplantaram as de janeiro de 2011. “Além de algodão, exportamos milho e soja a granel”. Previsão é que a alta seja mantida no fechamento deste ano.

Aos poucos, até mesmo os produtos oriundos da agricultura familiar começam a ter acesso ao mercado internacional, por meio do cooperativismo, conforme atesta o presidente da Cooperativa de Agricultores Ecológicos do Portal da Amazônia (Cooperagrepa), Domingos Jari Vargas. “Exportamos melado de cana e açúcar orgânico, além de guaraná em pó, para a França e Áustria”.

Ainda neste ano, com a instalação de uma processadora de café e guaraná na cooperativa localizada no município de Terra Nova do Norte, as negociações com o mercado externo devem se fortalecer, adianta Vargas.

MT se consolida como 2º maior exportador de carne do país

Autor: Só Notícias

As exportações totais de carne bovina em equivalente carcaça de Mato Grosso somaram 194,7 mil toneladas no ano de 2011. Com isso, apesar da queda no volume embarcado de 11,4%, o Estado registrou a menor redução na quantidade embarcada entre os grandes exportadores nacionais. As informações são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Esse melhor desempenho em comparação aos maiores estados exportadores fez com que a participação mato-grossense passasse de 15,2% em 2010 para 15,9% em 2011, consolidando a posição de Mato Grosso como segundo maior exportador brasileiro de carne bovina. Situando-se atrás do Estado de São Paulo, que deteve 39,7% da participação, e seguido por Goiás, que respondeu por 12,2% dos embarques nacionais.

Enquanto isso, o Estado de Mato Grosso do Sul registrou redução de 36,2% no volume enviado ao exterior, diminuindo a sua representação de 10,2% em 2010 para 7,9% das exportações no ano de 2011.

Deputado quer impor limite de peso em cargas transportadas

Fonte: A Gazeta

 

O governo do Estado está sendo cobrado a impor limites de peso nas cargas transportadas por caminhões pelos mais de 25 mil quilômetros de rodovias estaduais sem pavimentação. Anualmente são gastos mais de R$ 100 milhões na manutenção dessas rodovias, sendo que a diminuição no peso transportado poderia elevar o tempo de duração dessas estradas por onde são escoadas boa parte da produção de Mato Grosso.

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), que tem sua base eleitoral no Nortão do Estado, disse que a situação é lastimável e que é necessário que o Estado adote medidas emergenciais para recuperar os trechos já destruídos pelo excesso de cargas e também a limitação por veículo pesado. “Encontramos caminhões com 90 toneladas, quando o máximo deveria ser de 20 toneladas. Então é preciso que o governador Silval Barbosa baixe um decreto proibindo se transportar mais de 20 toneladas e promova a apreensão de quem desrespeitar a decisão, sob pena de Mato Grosso ter varias partes do seu território sem comunicação por estrada diante das chuvas torrenciais e da insistência de alguns em abusar do peso”, disse o líder após 3 horas de reunião com o secretário de Transportes, Arnaldo Alves de Souza.

O secretário lembrou que a medida se adotada representaria uma economia para os cofres públicos, mas alertou que é preciso toda uma logística para que a produção não seja prejudicada, o que afetaria a economia estadual ainda mais e também de fiscalização intensa para se punir aqueles que desrespeitasse as regras.

“É comum este tipo de ação em vários países do mundo e da América do Sul onde o alto custo do asfalto impede que todas as rodovias sejam pavimentadas”, disse Arnaldo Alves de Souza ponderando que seriam necessários mais de dois orçamentos total de Mato Grosso, ou seja, R$ 25 bilhões para se pavimentar todos os 25 mil quilômetros de rodovias estaduais sem asfalto.

O secretário de transportes explicou também que o pavimento asfáltico também sofre com o excesso de peso nas cargas que é responsável pelo dano, sem contar que existe um tempo de durabilidade e a necessidade de se fazer constantes manutenções, o que encarece os custos finais dos recursos aplicados nas rodovias de um Estado com quase 1 milhão de quilômetros quadrados como Mato Grosso.

Romoaldo Júnior disse que diante da dificuldade em convencer as pessoas de não promoverem o transporte com excesso de cargas, resta ao Estado promover ações emergenciais de recuperação e limitação no peso e defendeu esforços políticos de toda a classe em busca da viabilidade de um empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) solicitado pelo governador Silval Barbosa no valor de R$ 2,5 bilhões para a pavimentação do acesso de 44 municípios a capital do Estado proporcionando que todas as 141 cidades tivessem uma ligação por rodovia pavimentada com Cuiabá e com as rodovias federais vindas de outros estados brasileiros.

Chuvas atrasam colheita e podem atrasar exportação de soja no MT

CenárioMT

Ao contrário do sul do Brasil onde as preocupações são com a seca e resultaram em estimativas mais baixas de soja, os agricultores no Mato Grosso se  preocupam com o contrário, muita chuva. Como resultado do tempo chuvoso, a colheita de soja no Mato Grosso está com início lento.

De acordo com o IMEA, 1,2% de soja do estado foram colhidos até quinta-feira passada, que é apenas um pequeno avanço sobre os 0,4% colhidos na semana anterior. Com mais chuvas como essas, a colheita deverá estar na faixa de 4-5% concluída até meados de janeiro. A colheita na região oeste do estado está mais avançada, com 3% da safra colhida.

Na verdade, a cerimônia que marca o início da safra de soja em Mato Grosso teve de ser cancelada na sexta-feira devido às fortes chuvas e da incapacidade do governador e do ministro da Agricultura voarem para o evento que estava programado para ser realizado na cidade de Lucas do Rio Verde, durante a edição 2012 do Show Safra, no centro de Mato Grosso.

Agricultores no estado não estão apenas ansioso fazer colheita de soja antes da qualidade da semente começa a deteriorar-se, eles também estão ansiosos para plantar o algodão e milho safrinha também. A primeira safra a ser plantada após a soja é colhida no oeste do Mato Grosso é o algodão, e o algodão precisa ser plantado até o final de janeiro. No centro de Mato Grosso a maioria dos cultivos agora será feita com o milho e ele precisa ser plantado até a terceira semana de fevereiro, então ainda há tempo de sobra.

Agricultores que não compraram suas sementes de milho para a safra de milho safrinha agora estão tendo dificuldade em localizar sementes suficientes para plantar a área cultivada anteriormente. Eles terão de se contentar em utilizar sementes híbridas de milho de segunda linha, já que os mais populares já estão em falta. Estima-se que possa haver 2,2 milhões de hectares da safrinha de milho plantada no estado, o que seria um recorde e 20% a mais que em 2010/11.

O início relativamente lento em Mato Grosso, provavelmente, vai também resultar em um atraso para o início das exportações de soja do Brasil. Em meados de dezembro, estimava-se que os agricultores no estado teriam colhido cerca de um milhão de toneladas de soja até o final da primeira semana de janeiro, mas isso não aconteceu. O IMEA está estimando que o Estado vá produzir 22,16 milhões de toneladas de soja, assim como da última quinta-feira, apenas cerca de um quarto de milhão de toneladas de soja foram colhidos. Como resultado, não haverá soja o suficiente no Porto de Paranaguá para iniciar o carregamento das embarcações que já começaram a chegar ao porto.

O início da temporada de exportação de soja vai agora depender principalmente da chuva em Mato Grosso, mas já podemos dizer que não vai começar tão cedo quanto havia sido previsto.

Porto de Santos segue como principal porta de saída da carne bovina de MT

e janeiro a dezembro de 2011, 54,9% do produto exportado pelo estado saiu do porto

por Nadia Oliveira, da Scot Consultoria
Divulgação/Porto de Santos/Sérgio Furtado

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o Porto de Santos foi a principal porta de saída da carne bovina mato-grossense em 2011.

De janeiro a dezembro de 2011, 54,9% da carne bovina exportada pelo estado saiu do porto de Santos. As participações dos portos de Paranaguá–PR e Jataí–SC foram de 27,9% e 10,3%, respectivamente.

Apesar de ainda ser a principal porta de saída da carne do Mato Grosso, o porto de Santos vem diminuindo sua participação nos últimos anos.

Em 2010, 63,50% do escoamento da carne bovina do estado ocorreu por Santos. Em 2009 a participação foi de 67,43%.