TCU questiona incorporação de área do Terminal de Contêineres de Paranaguá

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu, por medida cautelar, no fim de agosto, a incorporação de uma área de 26 mil metros quadrados pelo Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP), autorizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em abril deste ano. A área, uma faixa asfaltada que forma praticamente uma avenida entre o TCP e o pátio de veículos da Volkswagen, hoje sem utilização definida, foi pleiteada pelo Terminal para um eventual futuro uso. Segundo a Appa, como está formada hoje, a área sozinha não seria passível de licitação para um terceiro operador.

Tanto o antigo Decreto Federal 6.620/2008 quanto o novo marco regulatório do setor portuário que o substituiu despensam a realização de licitação e permitem a alienação de uma área a um arrendamento já existente se essa área for contígua ao arrendamento e se for provado que licitá-la a um terceiro operador é inviável técnica, operacional e economicamente.

Vias de acesso ao porto serão reformadas

A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vai recuperar o concreto de 10 vias de acesso ao porto, para melhorar o tráfego de veículos. O acordo de cooperação, que irá viabilizar a obra, será assinado nesta sexta-feira (13), por representantes do governo do Paraná, prefeitura de Paranaguá e a própria Appa. Serão investidos R$ 2,4 milhões e o prazo de conclusão é de um ano.

O problema é que a resolução da Antaq que autorizou o procedimento (2.852/2013) não deixa claro se tais critérios foram cumpridos. Por isso, o Tribunal determinou que ela tem seus efeitos suspensos até que Appa, TCP e Antaq apresentem as devidas suas justificativas.

Denúncia

A medida cautelar do Tribunal, segundo ata publicada no site do órgão, surgiu de uma denúncia, cuja autoria é mantida em sigilo, que também apontou supostas irregularidades em outros dois procedimentos do TCP: a alienação do terceiro berço do terminal, realizada em 2008 via um termo aditivo ao contrato de arrendamento, e também a venda de cerca de 50% da empresa ao fundo de private equity norte-americano Advent International no fim de 2010 sem a autorização prévia da Antaq e qualquer prova de capacidade técnica e operacional do novo participante societário.

Esses dois últimos questionamentos não são alvo de medida cautelar, mas devem gerar mais pedidos de esclarecimentos do TCU aos entes envolvidos.

Na mesma linha pensamento da faixa de 26 mil metros quadrados incorporada neste ano pelo TCP, o TCU quer ter certeza de que o terceiro berço não poderia ser objeto, sozinho, de uma nova licitação a outro operador que não o TCP.

Fonte: Gazeta do Povo (PR)/ Fabiane Ziolla Menezes

Brasil está na idade da pedra em contêineres

Port Container International revela que o porto holandês de Rotterdam acaba de bater recorde de movimentação, ao receber o maior navio do mundo, o Mc-Kinney Moller, da Maersk. Foram realizados 215 movimentos por hora, nesse navio que pode transportar 18.270 TEUs (contêineres de 20 pés ou equivalente). Antes, o líder mundial era o Marco Polo, da CMA-CGM, de 16.020 TEUs. Rotterdam operou, em 2012, 2,5 milhões de contêineres, sendo que em novembro de 2014 irá inaugurar novo terminal, o de Maasvlakte, com oito guindastes de controle remoto – que seriam os primeiros do mundo com tal modernidade. Importante destacar que, apesar de todo esse sucesso, Rotterdam ainda está abaixo dos terminais-líderes do mundo, os asiáticos.

Esse supernavio é o primeiro da linha triple-E da Maersk; este ano, a Maersk receberá segunda unidade e até o fim de 2015, mais 15. Isso, sem dúvida, irá gerar mudanças no comércio mundial, pois apenas um navio desses pode transportar 111 milhões de pares de sapatos esportivos, quantidade que daria para suprir, em conjunto, toda a demanda de Holanda, França, Bélgica, Dinamarca, Noruega e Finlândia por alguns meses. Já imaginaram que excesso de oferta isso irá gerar em muitos produtos? Uma importação de massa de tomate, por exemplo, poderá inibir a produção interna de um país por muitos meses. E mais: em breve, a Maersk passará a segundo plano, pois os maiores navios de contêineres do mundo serão as unidades da China Shipping Container Lines (CSCL), com 18.300 TEUs.

Enquanto isso, como está o Brasil? Muito mal. A nova Lei dos Portos foi imposta por medida provisória, tão ruim que gerou 645 emendas, das quais 150 aceitas pelo relator. O país mal recebe navios com a metade da capacidade da linha Triple-E da Maersk. A nova lei permite que novos terminais usem pessoal contratado sem obedecer aos sindicatos, mas, para os atuais terminais, não só manteve o uso de estiva suprida pelos sindicatos, como fez com que essa obrigação fosse ampliada para trabalho em terra, a capatazia. Lá, modernidade e controle remoto e, por aqui, capatazia e estiva vinculada aos sindicatos.

Os males dos portos não decorrem do atual governo. Lula ainda teve o mérito de aprovar o programa de dragagem (I PND), mas o segundo se arrasta sem a mesma eficiência. Dilma atirou no que viu, mas acertou no que não viu, ao impor, de forma absolutamente ríspida, uma lei cheia de contradições que, segundo importantes advogados, fatalmente irá gerar acúmulo nos tribunais. E, ainda por cima, deixou de lado a voz dos usuários, ao transformar os Conselhos de Autoridade Portuária (CAPs) de deliberativos em consultivos, ao contrário do que sugeria um estudo do BNDES sobre a questão. Em resumo, mais uma vez o mundo se moderniza… e não espera pelo Brasil.

Sem médicos

Esta coluna publicou a informação de que a clínica CDPI da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, está marcando ultra-sonografias para janeiro do próximo ano. Em resposta, uma empresa de planos de saúde explicou que os médicos preferem focar em suas próprias especialidades e não querem se dedicar muito a essa atividade. A operadora de planos informou que os valores pagos foram elevados, recentemente, mas até agora o quadro não foi revertido.

Grito

A manifestação programada para o próximo sábado, Dia da Pátria, está sendo chamada de Grito do Gigante. Estão previstas passeatas para as capitais e cidades médias, canto do Hino Nacional e manifestações a favor de saúde, educação, contra altos impostos e má gestão dos governos. Espera-se que, se o movimento for realmente amplo, seja também pacífico, sem quebra-quebra. Em Brasília, vão desfilar 1.850 militares, e na segurança atuarão 2.400 pessoas – o que mostra a apreensão das autoridades.

No ar

Até agora, os preços das passagens aéreas caíram 26%, este ano, mas a consultora LCA prevê alta de 40% até dezembro. Não pela demanda – que está em queda ou inalterada – mas pela desvalorização do real e em razão dos custos dos combustíveis, cotados em dólares. Se o combustível para carros tem preço controlado, o mesmo não ocorre com o dos aviões e navios.

Burocracia tributária

Informa Dionaldo Passos, gerente do grupo Neo Grid, que, desde o ano passado, quando começaram a valer as primeiras exigências setoriais do Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) publicado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária e pela Receita Federal do Brasil, muitas empresas brasileiras têm enfrentado dificuldades para se enquadrar.

O governo criou etapas para atingir cada setor. Em dezembro, será a vez de pequenas transportadoras que não possuem sistema de tecnologia da informação para controle de conhecimentos de transporte. Os transportadores que não se adequarem à legislação estarão sujeitos ao bloqueio na emissão de Autorização de Impressão de Documentos Fiscais (AIDF). O não cumprimento da exigência pode acarretar penalidades como a apreensão da mercadoria por inexistência de CT-e.

Para as indústrias que dependem de transportadores de pequeno porte, também conhecidos como transportadores agregados, a consequência será a de operar em desacordo com a legislação, ter a operação afetada e, até mesmo, deixar de entregar produtos para seus clientes.

Rápidas

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulga nesta quarta-feira, em sua sede carioca, estudo sobre mercado de trabalho, com ênfase na juventude *** Neste mês, o Riocentro – área de exposições localizada na Zona Oeste carioca – recebe a Rio Franchising Business e o 68º Congresso Brasileiro de Cardiologia. A expectativa é acolher 33 mil visitantes no mês *** Começa nesta quinta-feira, em São Petersburgo, na Rússia, reunião do G-20, grupo que reúne as principais nações do planeta, o que inclui o Brasil *** Terá início nesta quinta-feira a Feira Internacional de Arte (Art Rio) *** Será dia 17, em São Paulo, a XVII Conferência Nacional de Logística *** O grupo de microfranquias Zaiom está se expandindo no Estado do Rio, com a Home Angels, de cuidadores de pessoas, e a Dr. Faz Tudo, de reparos e reformas prediais *** Começa dia 17, no Royal Tulip Hotel, em São Conrado, na Zona Sul carioca, a mostra Rio Info *** Será dia 15, no Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu, no Paraná, a XVI Reunião Ministerial de coordenação entre Brasil, África do Sul, Índia e China (Basic) sobre Mudança do Clima *** Nunca se pode apoiar vandalismo, mas a qualidade dos serviços oferecidos pela Supervia/Invepar, no Rio, é degradante. O visual dos trens e das estações mostra falta de investimentos efetivos *** Em apenas alguns meses, a filial carioca da empresa paulista de tecnologia da informação Brasoftware já responde por 12% do faturamento do grupo *** Nesta semana, o Conselho Nacional do Sesi e a Federação das Indústrias do Rio (Firjan), lançam o projeto ViraVida em três comunidades pacificadas do Rio de Janeiro: Jacarezinho, Cidade de Deus e Rocinha *** O Comitê Popular da Copa e Olimpíadas organiza nesta quarta-feira visita a comunidades removidas no Recreio dos Bandeirantes durante a construção da Transoeste. Organizações de direitos humanos como Anistia Internacional, Justiça Global e membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores do Rio estarão presentes, para fiscalizar as remoções feitas na cidade olímpica *** A terça-feira foi de dólar e bolsa em queda.

Monitor Mercantil

Santos Brasil anuncia crescimento de 17,2% da movimentação de contêineres em seus terminais no segundo trimestre do ano

São Paulo, 26 de julho de 2012 – A movimentação de contêineres nos terminais em que a Santos Brasil atua (Tecon Santos – SP, Tecon Imbituba – SC e Tecon Vila do Conde- PA) apresentou crescimento de 17,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. No segundo trimestre de 2012, as exportações cresceram 13,6% e as importações 14,6%. Com isto, o volume de contêineres operado pelos terminais portuários da Santos Brasil atingiu a marca de 279.375 movimentos, aumento de 17,2% em relação ao mesmo período em 2011. O mix de contêineres cheio-vazio registrou 76,9% de cheios no segundo trimestre de 2012. “O desempenho recorde também foi influenciado pela entrada em operação em Santos da nova linha de navegação de longo curso da Maersk que passa a atender o fluxo de importação e exportação entre Brasil e Europa”, destaca Marcos Tourinho, diretor de Relações com Investidores.

A previsão de movimentação nos Terminais operados pela Companhia, até o fim do ano, está na faixa entre 1,63 e 1,73 milhão de TEU (unidade de medida referente a 1 contêiner de 20 pés). O volume na operação de armazenagem foi de 41.876 contêineres, redução de 6,9% na comparação ano contra ano. A diminuição do índice de retenção dos contêineres cheios de importação desembarcados pelo Tecon Santos – que atingiu 44% no segundo semestre de 2012, ante a média de 49% no mesmo período em 2011 – influenciou este resultado.

Indicadores financeiros

A Santos Brasil obteve resultados expressivos no segundo trimestre de 2012. O EBITDA (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi recorde: R$ 143,8 milhões, 24,2 % superior ao registrado no segundo trimestre de 2011. O Terminal de Veículos (TEV) também manteve forte desempenho com R$ 13,9 milhões de EBITDA, resultado da maior receita com veículos de importação. A previsão de EBITDA para 2012 se mantém entre R$ 500 e R$ 550 milhões com margem entre 41% e 43%.

O lucro líquido consolidado montou R$ 60,2 milhões no período, 50% superior aos R$ 40,0 milhões de 2011. Com relação à receita líquida, a Companhia obteve aumento 15,8%, na comparação com mesmo período no ano passado: R$ 318,5 milhões frente a R$ 275,0 milhões em 2011. A receita bruta consolidada, R$ 361,4 milhões, significou crescimento de 14,9%, em relação ao segundo trimestre de 2011. Na receita com operações de logística, R$ 61,1 milhões, o crescimento foi 11,7% superior ao obtido no mesmo período ano passado. Na avaliação de Tourinho esse incremento se deu, principalmente, nos serviços de logística integrada.

Entre abril e junho de 2012, o Tecon Santos, maior operação da companhia no setor portuário, manteve a produtividade operacional, com média mensal de 80 MPH (Movimentos Por Hora), o que permitiu, por exemplo, atrair um novo serviço com grande navio e influenciou no ganho de market-share no Porto de Santos, passando de 51% em janeiro para 54% em abril, segundo dados da Companhia de Docas de São Paulo (Codesp). “A performance no trimestre foi influenciada pelo ganho de participação de mercado nos segmentos de operações de cais e veículos. Também é fruto dos investimentos realizados e diferenciais competitivos da Companhia”, avalia Tourinho.

Release CVM: http://www.mzweb.com.br/santosbrasil2010/web/arquivos/SBPar_ERelease_2T12_port%20.pdf

Sobre a Santos Brasil

A Santos Brasil é referência em operação de contêineres e logística. Criada há 14 anos para operar o Tecon Santos (SP), a empresa já investiu R$ 3,0 bilhões, calculados a valor presente, em aquisições, expansões, novos equipamentos, gestão e gente. Antecipando-se ao crescimento do fluxo de comércio internacional, a Santos Brasil colaborou significativamente para aumentar a capacidade logística portuária do País. A produtividade do Tecon Santos, por exemplo, é a mais alta do Brasil: média mensal de 80 MPH (movimentos por hora) e recorde histórico de 81,86 MPH (registrado em de abril 2012). Em janeiro de 2012, o Tecon Santos bateu a marca de 155,5 MPH na operação de um único navio. Além do Tecon Santos, a companhia opera mais dois terminais de contêineres (Vila do Conde -PA e Imbituba –SC) e um terminal de veículos (TEV) no Porto de Santos. Conta também com uma operadora logística e de cargas gerais, a Santos Brasil Logística, que atua de forma integrada aos terminais viabilizando o atendimento ao cliente em todas as etapas da cadeia logística do porto até o transporte e distribuição. Listada no nível 2 de governança corporativa, a Santos Brasil adota um modelo de crescimento contínuo e sustentável, que alia alto desempenho financeiro e operacional com preservação ambiental e responsabilidade social.

Net Marinha

Embraport se prepara para operar até março

A construção do terminal da Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport), na margem esquerda do porto de Santos, caminha para o fim do primeiro ciclo. Até dezembro, a instalação multiuso estará com a estrutura mínima necessária para começar a operar – serão 350 metros de cais, 50 mil metros² de retroárea e capacidade para movimentar até 700 mil Teus (contêineres de 20 pés). Quando totalmente implantando, o empreendimento terá a maior capacidade combinada do Brasil para contêineres e líquidos.

O início das operações de carga, porém, só ocorrerá no primeiro trimestre de 2013, prazo necessário para serem feitos os testes dos equipamentos e obtenção da licença de operação, informa o novo presidente da empresa, Ernst Schulze, em entrevista exclusiva ao Valor.

O executivo, de origem holandesa, foi indicado pelo grupo DP World, sócio da Odebrecht TransPort e do grupo Coimex na companhia. Sediada em Dubai, nos Emirados Árabes, a DP World é uma das maiores operadoras mundiais de terminais de contêineres. São 60 unidades em funcionamento no mundo e outras 11 em construção, entre as quais a do complexo santista.

O terminal em Santos é o primeiro ativo da Embraport. “Nosso maior objetivo, agora, é estruturá-lo”, afirmou Schulze ao responder sobre a possibilidade de a empresa desenvolver projetos em outras regiões.

Schulze é especialista em operar projetos novos. Com 25 anos de experiência em portos e logística, acumula passagens pelo setor na Europa e Ásia. Substituiu recentemente Francisco Nuno Neves, que deixou a vaga para ser o principal executivo da Haztec, empresa especializada em soluções ambientais.

A Embraport entrará em operação ao mesmo tempo que o BTP, outro terminal em construção em Santos. Juntos, dobrarão a capacidade do porto para contêineres, hoje limitada em cerca de 3,1 milhões de Teus por ano – quase sem folga para o volume realizado em 2011, que bateu em 3 milhões de unidades.

Mas Schulze não teme ociosidade de oferta com os dois novos entrantes. “Vejo três aspectos: demanda natural crescente; atração de cargas para Santos devido à equalização da alíquota de ICMS entre Estados; e mercado potencial que ainda não se materializou porque a capacidade é limitada”, lista ele, sem arriscar um volume potencial adicional.

Soma-se a isso o momento de dificuldade por que passa a indústria mundial da navegação de longo curso, com a queda do consumo na Europa e a lenta recuperação americana. “As únicas formas de os armadores fazerem lucro é reduzindo os custos ou apostando na consolidação dos serviços”, afirma. Em vez de irem a vários portos, as companhias passam a escalar apenas os maiores da região, de onde a carga é distribuída por linhas menores, as alimentadoras. Ao diminuir o número de portos, o armador tende a aumentar o tamanho do navio para não perder mercado. “Vamos ver mais volumes chegando em razão da maior capacidade em Santos”, aposta.

A estrutura com que a Embraport encerrará o ano constitui a primeira etapa da primeira fase do empreendimento. A construção do terminal está dividida em duas etapas. Pelo cronograma, a primeira delas termina em outubro de 2013, quando a instalação terá potencial de movimentar 1,2 milhão de Teus e 2 bilhões de litros de líquidos. A segunda fase ampliará a capacidade de contêineres para 2 milhões de Teus, mas ainda sem data prevista para começar. “Ao longo de 2013 vamos analisar e tomar a decisão. Imagino que levaremos de dois a três anos até iniciá-la”, comenta Schulze.

O investimento total do empreendimento é de R$ 2,3 bilhões, sendo R$ 1,8 bilhão para a primeira fase. Desse total, R$ 1,4 bilhão é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com 45% e 55%, respectivamente.

A chegada do executivo ocorre no momento em que o foco do empreendimento recai sobre as áreas de serviços, tecnologia e operações com a proximidade da inauguração do terminal. Ao longo deste ano estão sendo investidos R$ 260 milhões em equipamentos, tecnologias de informação e de segurança.

Na primeira leva de aquisições, estão seis guindastes para movimentar contêiner entre o cais e o navio. A lança do equipamento consegue alcançar a extremidade de embarcações que transportam até 8.500 Teus – e ainda não escalam Santos – operando simultaneamente dois contêineres de 20 pés ou um de 40 pés. Popularmente conhecidos como portêineres, foram fabricados na China e serão entregues a partir de dezembro. A meta de produtividade é que cada portêiner faça em média de 25 a 30 movimentos por hora. Dependendo da configuração, a embarcação pode ser operada por até seis deles.

A Embraport é a primeira sociedade entre a DP World e o grupo Odebrecht, mas não a primeira parceria. A companhia brasileira já havia construído terminais para a DP World em Djibouti (África) e Callao (Peru).

A instalação da Embraport é alvo de um processo no Tribunal de Contas da União (TCU) e de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). O terminal foi aprovado como privativo de uso misto, mas deverá operar como de uso público. Pelo arcabouço legal atual, os privativos de uso misto são dispensados de licitação porque são destinados a operar principalmente carga própria. Já os de uso público são prestadores de serviços, com finalidade de movimentar cargas de terceiros (caso de contêineres). Por isso, têm de passar pelo crivo da concorrência.

O pedido de autorização da Embraport à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) foi feito em outubro de 2005, um mês antes de a Antaq impor restrição aos privativos, condicionando que eles tinham de ter carga própria que “justificasse” o empreendimento. Em nota, a empresa diz que a resolução da Antaq “é posterior à autorização”. E que tanto a Secretaria de Portos (SEP) como a Antaq já se manifestaram sobre a questão. “Com base no princípio da segurança jurídica e a proteção constitucional ao direito adquirido, reconheceram a impossibilidade jurídica de se aplicar as exigências supervenientes trazidas pela resolução [nº 517] à Embraport”.

“Temos todas as licenças. E esse país precisa de investimento. A Embraport se encaixa perfeitamente naquilo que o país precisa de investimento”, comenta o novo presidente do terminal.

Fonte: Valor

Tcp atinge produtividade recorde

O Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) atingiu produtividade recorde no mês de maio, alcançando uma média de 70 mph (movimentos por hora). O resultado representa uma performance 130% superior à obtida no mesmo mês do ano passado, quando o TCP obteve média de 30 mph.

De acordo com Juarez Moraes e Silva, diretor  superintendente Comercial do TCP, a produtividade do Terminal vem crescendo de forma consistente nos últimos meses, como reflexo da entrada de novos equipamentos, e também, de um trabalho de engajamento dos profissionais do TCP. Estamos trabalhando em parceria para oferecer aos clientes e ao mercado serviços cada vez melhores, destaca, lembrando que o aumento de produtividade se traduz em vantagens para armadores, importadores e exportadores, como redução nos custos de combustível e de operação de navios.

Sobre o TCP
O TCP é o 3º maior terminal portuário de contêineres do Brasil, e, desde 1998, opera sob regime de concessão no Porto de Paranaguá. Com capacidade atual de 1,2 milhão de TEUs por ano (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o TCP ampliará sua capacidade de movimentação para 1,5 milhão de TEUs/ano após a construção de seu 3º berço de atracação, que será concluído em 2013.

O TCP tem como acionistas o fundo de private equity Advent International, Pattac Empreendimentos e Participações S/A, TUC Participações Portuárias S/A, Soifer Participações Societárias Ltda., Group Maritim TCB S.L. e Galigrain S.A.
Para mais informações sobre o TCP, visite http://www.tcp.com.br.

Informações para Imprensa
Medialink Comunicação, Fone: (11) 3817-2131
Raul Fagundes Neto, raul.fagundes@medialink.com.br
João Luis Costa, joao.costa@medialink.com.br

Fonte: Portal Comunique-se!

Contêiner puxa recorde em Santos

A movimentação de contêineres no porto de Santos, maior do país, cresceu 10,2% nos primeiros cinco meses do ano – quase duas vezes o índice global do porto -, chegando a 1,23 milhão de Teus (contêiner de 20 pés), divulgou ontem a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). Segundo especialistas, o principal motivo para a expansão foi a migração para o contêiner de cargas tradicionalmente embarcadas soltas no navio, como os grãos. “É uma forma de agilizar os embarques e reduzir o custo de mão de obra [a operação conteinerizada é automatizada]

“, afirma o presidente em exercício da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

Também a necessidade de reposicionar no mercado contêineres usados nas importações estimulou a transferência de mercadorias dos navios graneleiros para os porta-contêineres. “Destacando-se nesse cenário o milho, com crescimento de 60%, e o açúcar, com 41%”, afirmou o diretor de desenvolvimento comercial da Codesp, Carlos Kopittke. Ele observa que o açúcar ensacado, antes transportado em navios convencionais, apresentou queda de 48%, ao passo que o açúcar embarcado em contêiner cresceu 41%. A commodity é, ao lado do complexo soja, a principal carga em volume escoada pelo cais santista. Responderam juntas por quase 52% das 25,80 milhões de toneladas exportadas no acumulado do ano até maio.

“A cada dia que passa os portos são mais automatizados e exigem menos mão de obra. No caso do açúcar, embarcar em contêiner foi uma alternativa de reduzir custo para compensar a queda do preço da commodity”, analisa Castro.

O porto paulista bateu recorde de movimentação para os cinco primeiros meses do ano. No total, foram escoadas 38,6 milhões de toneladas no período, alta de 5,7% sobre o mesmo intervalo de 2011. Em valores, Santos escoou US$ 47,4 bilhões, o equivalente a 25% da balança comercial brasileira no período.

O destaque foi o aumento da participação das exportações, que representaram 66,8% do volume total de cargas, avanço de quase quatro pontos percentuais em relação a igual período de 2011. Os embarques cresceram 11,3%, para 25,80 milhões de toneladas. Já as importações caíram 4%, encerrando o acumulado até maio em 12,8 milhões de toneladas. A queda foi provocada principalmente pela redução nas descargas das mercadorias de maior participação no fluxo, como carvão, adubo e trigo.

Os embarques do complexo soja foram responsáveis pela escalada das exportações. O salto foi de 39% até maio, com quase 9,7 milhões de toneladas. Castro, da AEB, avalia que o salto nas exportações foi resultado da atração para Santos de parte da soja originalmente programada para sair por Paranaguá (PR). E não crê em comportamento parecido no segundo semestre. Na primeira metade do ano os embarcadores anteciparam as exportações para aproveitar os altos preços da commodity no mercado internacional. “Como Paranaguá está congestionado, ficou muitos dias sem embarcar por conta da chuva, transferiu-se a carga para Santos. A tendência agora é diminuir”, diz Castro. Até maio, destaca, as exportações brasileiras em volume cresceram apenas 1%, para 206,7 milhões de toneladas.

fonte: PORNOS E NAVIOS

Barcelona registra crescimento no tráfego de contêineres de exportação

Com um volume total de mais de um milhão de toneladas movimentadas até março, os granéis sólidos se destacaram com as cargas de maior crescimento no Porto de Barcelona, na Espanha, no primeiro trimestre desde ano. O número representa 34% de aumento em comparação aos três primeiros meses do ano passado, motivado pelo bom desempenho dos produtos.

O tráfego total obteve volume 11% maior no ano passado, superando 10 milhões de toneladas. No que diz respeito a contêineres, o porto espanhol movimentou 410.540 Teus (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), o que representa queda de 24% em comparação ao mesmo período em 2011. Embora o complexo portuário tenha registrado essa queda, o número de exportações continua a crescer, registrando 3,5% de alta. Para o porto, os mercados mais dinâmicos foram os países da região norte da África, a zona do Golfo Pérsico e do Mar Arábico.

Fonte: Guia Marítimo